O documentário “En el nombre de la Copa” (traduzido como “Em nome da Copa”), do diretor chileno Diego Marín Verdugo, foi exibido pela primeira vez no Brasil na segunda-feira (21) na Mostra Continente Compartilhado do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e bem recebido pelo público. O filme, que denuncia abusos no uso de recursos e violações de direitos humanos, é resultado de uma pesquisa que durou dois anos. “Eu fiz o filme para brasileiros. Então vocês é quem dirão se o que mostrei é verdade”. O filme foi coproduzido pela produtora Na Lata Filmes, de Pernambuco, com participação do produtor Rodrigo Homem.
Assista trecho do debate
Como houve espaço aberto para debates, a sala de cinema se transformou em espaço de denúncia e indignação dos presentes. O filme acompanha as viagens de Daniela More Caroca, uma mulher chilena, pelas cidades que hospedavam os jogos da Copa de 2014 através do Brasil. Na época, o diretor chamou Daniela, que veio para Brasil sem planejamento. De acordo com Verdugo, ela ainda está abalada pela experiência.
Além das perguntas direcionadas ao diretor Diego Marín Verdugo acerca de diversas situações retratadas no filme, os comentários passaram a tratar de insatisfações do presentes contra absurdos de uma Copa do Mundo e a construção dos chamados “elefantes brancos”. Estádios imensos e caros em locais sem times para receber jogos de grande porte com torcidas numerosas. O documentário conta com uma citação a uma ideia de uso para o estádio de Manaus. Um juiz sugeriu que a construção fosse usada no sistema carcerário, que carecia de espaço para o número de presidiários da região.
Assista a trailer do filme
EN EL NOMBRE DE LA COPA. Intro. from TrincherAudiovisual on Vimeo.
A discussão cresceu para uso de agrotóxicos e transgênicos em alimentos, gastos com as obras dos estádios em comparação a outros estádios, a morte de operários nas construções, a presença da Odebrecht nas obras, tomada de lotéricas por parte da Caixa Econômica para leiloá-las e repressão contra a população.
“Mundo desigual”
Entre as imagens de abuso policial contra a população pobre do país, Verdugo usa de crônicas esportivas do jornalista uruguaio Eduardo Galeano (que morreu em abril deste ano) para ilustrar os absurdos do espetáculo que tomou conta do Brasil. Enquanto mostra a imagem de um homem arrastado para fora da própria casa, a narração em off é arrebatadora: “Nunca o mundo foi tão desigual nas oportunidades que oferece e tão igual nos costumes que impõe”. No texto original, era uma crítica a como o futebol por prazer se perdeu na industrialização do esporte. No filme, retrata abusos contra as classes consideradas mais baixas.
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En español
Director Chileno hace denuncia durante copa
El documentrário: “En el nombre de la copa”, del director chileno Diego Marín Verdugo, fue apresentado por primera vez en este lunes (21) en Brasil y también fue muy bien recibido por el publico en la Muestra Festival de Cine compartido continental brasileña de Brasilia. La película que denuncia abusos en el uso de recursos y violación de los derechos humanos, es resultado de una búsqueda que tardó 2 años. “Yo hice la película para brasileros. Entonces, ustedes son lo que me dirán si lo que les mostre es verdad”. La película fue coproduccida por la productora Na Lata Filmes, de pernambuco, con participación del productor Rodrigo Homem.
Como hubo espácio abierto para debates, la sala del cinema se convirtió en espácio de denuncia y indignación de los presentes. La película acompaña los viajes de Daniela More Caroca, una mujer chilena, por las ciudades que la acogieron en los juegos de la copa de 2014 a travéz de Brasil. En la época, el director llamo a Daniela para que vaya a Brasil, pero terminó viniendo sin su planificación. De acuerdo con Verdugo, ella todavia esta molesta por la experiencia que tuvo.
Ademas de las preguntas direccionadas al director Diego Martín Verdugo sobre las diversas situaciones retratadas en la película, los comentarios pasaron a tratar de la insatisfacción de las personas presentes contra lo absurdo que fue la Copa del Mundo y sobre los estadios que fueron construidos y abandonados. Estadios imensos y caros en locales sin equipos para recibir partidos de grande porte con hinchadas numerosas. El documentario cuenta con una citación a una idea del uso para el estadio de Manaus. Un juez sugiere que la construcción sea usada en el sistema carcerário, que necesitaba de espacio para el numero de presidiarios de la región.
La discución empezo para el uso de agrotóxicos y transgenicos en alimento, gastos con las obras de los estadios en comparación con otros estadios, la muerte de operarios en las contrucciones, la presencia de Odebrecht en las obras, tomada de lotéricas por parte de la “Caixa Econômica” para subastarlos y reprecionar a la población.
“Mundo desigual”
Entre las imagenes de abuso policial contra la población pobre del país, Verdugo usa las cronicas deportivas del periodista uruguayo Eduardo Galeano (que murió en abril de este año) para ilustrar los absurdos del espetáculo que tomo cuenta de Brasil. Mientras muestra la imagen del hombre siendo arrastrado para fuera de su propia casa, la narración en off es barrido: “El mundo nunca fue tan desigual en las oportunidades que oferece y tan igual en las costumbres que imponen”. En el texto original, era una critica a como el futbol por plazer se perdio en la industrialización en el deporte. En la película, se retrata abusos contra las clases consideradas mas bajas.
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Check in English:
Chilean Director denounce abuses during the World Cup Brazil 2014
The documentary “En el nombre de la copa” (In Portuguese as “Em nome da Copa”) from the Chilean director Diego Marín Verdugo, was shown for the first time in Brazil on Monday (21), at the shared continent sample from the Brazilian Festival of Brazilian Cinema, and well received for the public. The film, that denounce abuses in the use of resources and at the human rights’ violations, is result from a research lasted two years. “I have produced the movie for the Brazilians. So, all of you are who going to say if what I showed is true”. The film has been co-produced by “Na lata filmes” production, from Pernambuco, with participation of the producer Rodrigo Homem.
Watch a part of the debate
How there was not opened space for debates, the theater room has turned in a denunciation and indignation field. The film shows the Daniela More Caroca trips, a Chilean woman, among the host cities in the World Cup Brazil 2014 games. At that time, the director called Daniela, who came to Brazil with no planning. According Verdugo, she is still shaken due to the experience.
Besides the questions to director Diego Marín Verdugo about the many situations represented in the film, the spectators started to be dissatisfaction with the World Cup absurd shown up and with the constructions known by “White Elephants”. Bigger and expensive stadiums in states without teams able to have huge games bringing many supporters. The documentary has a quote to an idea of good use for the Manaus Stadium. A Jury had suggested that the construction could be used to help the prison system that is counting with a few spaces to many prisoners from the region.
Watch the movie trailer
The discussion grown up for the pesticides uses on foods, spending with the stadium maintenances when comparing to another stadiums, the operator’s death at the construction sites, the Odebrecht presence at the constructions, Caixa Econômica (a Brazilian Bank) taken of the lottery to sell at auctions and the repression against the population.
“Unequal World”
Among the pictures of cop abuses against the poor population from the country, Verdugo uses the sports chronicles from the Uruguayan journalist Eduardo Galeano (who died in 2015, April) to illustrate the World Cup absurd that take care of Brazil. While show the picture of a man being dragged to out of his own house, the narration made in off is amazing: “The globe was never so unequal in the opportunities offered and so equal in the impose costumes”. At the original script, it was a criticism to how the pleasure of playing soccer has been lost in this time of sport’s industrialization. However, the film reflect the abuses against the classes considers more weak and poor.
Por Vinícius Brandão
Tradução por João Victor Bachilli (para o inglês) e Lucas Lima (para o espanhol)
