Vencedores trazem histórias de artistas

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Os 4 principais vencedores nas categorias de longa metragens envolvem histórias reais de artistas e realizadores de ficções com características fantásticas. Na Mostra Competitiva, a principal, Big Jato levou cinco troféus candangos para as categorias melhor longa do júri oficial, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro e melhor trilha sonora. Em paralelo, A Família Dionti, que não recebeu reconhecimento algum por parte do júri oficial, levou o de melhor filme do júri popular. O prêmio Câmara Legislativa, dado para a Mostra Brasília, reconheceu Santoro – O Homem e sua Música e O Outro Lado do Paraíso.

O grande vencedor da noite, Big Jato, rendeu vaias para o diretor Cláudio Assis nas duas vezes em que ele subiu ao palco. A primeira para receber o troféu de melhor roteiro para Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, que não compareceram, e a segunda quando o filme levou o prêmio de melhor filme. Em ambas o diretor gritou para o público calar a boca e exigiu respeito. Ainda assim, reconheceu o valor das vaias e disse que elas servem como “forma de manifestação”.

 

Candangos

Matheus Nachtergaele, ator principal do filme e vencedor do Candango pela participação, tomou o palco para acudir o realizador. Depois, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias UniCEUB, disse que a maior alegria da noite era ganhar o primeiro Candango. “Os filmes foram muito premiados, mas eu, pessoalmente, nunca tinha ganho um Candango pelo meu trabalho como ator”, explicou sobre as participações passadas no Festival.

Confira a entrevista na íntegra.

Um dos concorrentes de Big Jato era A Família Dionti, estreia na direção de Alan Minas. Completamente esquecido pelo júri oficial, o filme surpreendeu ao levar o Candango de melhor longa do júri popular. Minas disse que já havia sido um mérito participar da seleção. “É óbvio que, quando você tá nesse jogo, cria uma esperança. Esperança de ganhar umas coisas a mais. Mas de qualquer forma, eu estou muito satisfeito” disse quando questionado sobre a diferença da opinião do público e do júri oficial. Minas falou também sobre como sente uma falta na produção de cinema fantástico que dialogue com crianças e adultos no Brasil.

 

Memória viva

 Gisèle Santoro, 76 anos, viúva do ex-maestro Claúdio Santoro, ficou muito satisfeita com o longa sobre o marido, e acredita que após 26 anos do falecimento do maestro,  é importante falar e mostrar a vida de Claudio. Além disso, ela afirma que trazer a história de Santoro para o cinema é importante para o conhecimento da “nova geração”.

A coreógrafa Santoro subiu ao palco para receber o Troféu Câmara Legislativa do filme “Santoro – O Homem e sua Música” por melhor trilha sonora. O sentimento é de saudade e satisfação. O filme conquistou também o Prêmio Exibição TV Brasil, como melhor filme de longa-metragem; e melhor direção e melhor longa-metragem pelo Troféu Câmara Legislativa.

Confira a entrevista na íntegra.

André Ristum, diretor de O Outro Lado do Paraíso, comentou que a produção do filme foi a parte mais complicada justamente por conta da realização técnica. A reconstrução da Brasília, em especial da cidade de Taguatinga, de 1963 através de cenários e construção de sons rendeu sete prêmios. Ristum reafirmou a importância de fazer filmes que lembrem o Golpe Militar no Brasil. “Foi uma situação horrível para o país e quanto mais filme a gente fizer e mais as pessoas possam ver histórias sobre o período, melhor” concluiu.

Confira a entrevista na íntegra.

 

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Por Daniella Bazzi, Vinícius Brandão e Alexandra Caldas

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