Não só as relações humanas devem ser humanizadas. O parto, momento que exige calma e demanda tempo, também requer humanização. O Ministério da Saúde reconhece que o Brasil vive uma epidemia de cesáreas. Dos 2.905.789 partos no Brasil em 2012, 55,6% foram por cesarianas. Dos 1.877.505 partos no SUS, 40% cesarianas e de 502.812 partos realizados na saúde suplementar, 84,6% foram por cesarianas. Mas esse quadro pode ser invertido; e a informação e relatos são passos iniciais para isso.
“Ela nasceu e já veio para o meu colo. Quando olhei para ela, pensei ‘Eu consegui! Ela é linda, minha filha’”, assim Nahari Terena, 23 anos, relembrou do momento em que viu Olga no chuveiro. Sentada, exausta, mas acima de tudo, a nova mãe que nascia naquele momento também estava encantada. Nahari conta que planejou bem a gravidez e, inicialmente, queria ter a filha em casa. A família, contudo, não apoiou a ideia, uma vez que ela morava em Sobradinho, longe de um hospital, e caso viesse a precisar de uma unidade de saúde, o tempo seria vital.
A coordenadora de Ginecologia Obstétrica da Secretaria de Saúde, Marta Teixeira, explica que o parto humanizado não é uma modalidade. “A questão da humanização do parto é colocar a gestante junto ao acompanhante, evitar o uso de medicamentos, entre outras ações. Não é uma classificação à parte”, afirma.
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No país da epidemia de cesáreas, mulheres que optam pelo procedimento normal compartilham histórias
Por Daniella Bazzi
Foto destaque: Arquivo pessoal