Técnicas de administração de empresas podem ser utilizadas para gerenciar a vida pessoal. Essa é a opinião da professora brasiliense Erika Lisboa, mestre em psicologia e especialista em economia, que participou de um congresso de pesquisa do UniCEUB, em Brasília.
Ao utilizar fórmulas da administração para pôr em prática metas profissionais, acadêmicas, pessoais, patrimoniais ou de lazer, a especialista baseou-se em conceitos e técnicas simples o suficiente para serem acessíveis a um público sem conhecimento da área. “Pretendo que os alunos saiam com um plano, uma estratégica de vida montada, ainda que minimamente, para começarem a tirar isso do papel”, contou.
O objetivo era evitar o que Erika chamou de ‘Síndrome de Alice no País das Maravilhas’, ou um estado em que o indivíduo não possui um objetivo claro ou um plano para alcançá-lo, e por isso apenas vaga sem direção, como a personagem de Lewis Carroll quando se perdeu em um mundo mágico.
Para demonstrar a importância de uma atitude pró-ativa, Erika enumerou as 10 características fundamentais de um indivíduo empreendedor, baseando-se em uma pesquisa da ONU para definir o que pessoas bem sucedidas possuíam em comum. ‘Desenvolver soluções que tragam benefícios para a comunidade é importante e é uma habilidade que pode ser desenvolvida, mas é fundamental colocar essas soluções, essas ideias em pratica’, reforçou.
Pouca atenção
Apenas 2% das pessoas chega a pensar em uma solução para problemas que afligem um grupo, e desses, apenas 1% chegam a colocar essa solução em prática, de acordo com estudos
na área de empreendedorismo. ‘A maioria das pessoas se contenta em reclamar, somos programados pra isso’, conta Erika.
Erika Lisboa não acredita que o mal estar econômico atual deva ser um impedimento para aqueles que desejam empreender em qualquer nível. “Não é a desculpa da crise que fará alguém deixar de empreender ou de realizar seus sonhos. Pode haver um empecilho a mais, mas quem quer vai dar um jeito de conseguir”, afirma.
Por Alexandra Caldas