Coordenador do MST: Dilma traiu movimento

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O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, criticou, em Brasília, a política econômica da presidenta Dilma Rousseff. “Infelizmente estamos nos sentindo traídos. Ou ela [Dilma] recupera o seu programa original ou manteremos nossa luta cada vez mais forte em defesa do povo e da reforma agrária popular”.

Alexandre Conceição disse que as estratégias adotadas pelo governo para recuperar a governança do país a partir das alianças partidárias não são as corretas. Para ele, o Partido dos Trabalhadores aposta em projetos apresentados pela oposição liderada por Aécio Neves durante a campanha eleitoral em outubro do ano passado. “Quando fomos defender a presidenta Dilma, foi por um programa neodesenvolvimentista, que trazia o desenvolvimento do país a partir da distribuição de renda e de riqueza”.

Demarcação

O MST considera que a demarcação de terras foi paralisada no Governo Dilma. “O que estamos vivendo hoje é um programa neoliberal, de concentração de riqueza, de terra e de renda. Portanto, nós do MST somos contra a essa política exercida pelo governo hoje”. A crítica feita por ele se referem também às nomeações e concessões de ministérios, como o Ministério da Agricultura e da Fazenda.

Contudo, mesmo decepcionado pela conjuntura que desfavorece a classe trabalhadora, Alexandre sustenta que a militância do MST é contra o impeachment. “Estamos sendo contra a todas essas políticas da presidenta, mas não aceitaremos intolerância política, não aceitaremos golpe, não aceitaremos calados a retomada da ditadura militar”, enfatiza.

Reforma Política

 Alexandre Conceição acredita que o país possa reorganizar sua política a partir de um plebiscito popular, que promoveria um grande debate nacional. “A reforma política é a primeira e mais importante reforma que o país precisa”. Junto a isso, o coordenador aposta no projeto que proíbe o financiamento privado de campanhas eleitorais. “O trabalhador brasileiro, aquele da mão calejada que tem o suor no trabalho do dia a dia, não tem recursos para financiar deputados. As grandes empresas investem nisso, mas qualquer real posto em um candidato ela tirará três ou quatro mais. Ela [a empresa] não tira do Estado brasileiro, mas do povo deste país”.

 Por Guilherme Cavalli

Imagem: Agência Brasil

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