Planaltina: prática de esportes é prejudicada

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Obra inacabada do Centro Olímpico está atrasada há seis anos. Outros espaços precisam de reformas.

Localizada no Setor Educacional, a Praça do Estudante funciona há seis anos, e é uma das principais opções para quem quer praticar esportes em Planaltina. O espaço de aproximadamente 70 mil metros quadrados é cercado por seis escolas da rede pública de ensino e oferece aos frequentadores quadra poliesportiva, parque infantil, campo de futebol e área para ginástica. Esses equipamentos precisam ser reformados ou trocados. Entre os principais problemas encontrados está a quadra de basquete que não possui cestas, os alambrados danificados oferecem perigo às crianças, há acumulo de entulho, os aparelhos de ginástica estão enferrujados, os bancos em péssimo estado de conservação e a arquibancada não têm cobertura. O local não possui banheiros, bebedouros, vestiários nem lixeira para atender os frequentadores.

“Aqui nada de funcionar pra gente fazer exercício. Nós queremos que isso aqui funcione logo”.
O desabafo acima é da moradora Priscila Alves, que reclama do atraso na entrega do Centro Olímpico de Planaltina. Segundo a Companhia Urbanizadorada Nova Capital do Brasil (NOVACAP), as obras começaram em 2009 e estão paralisadas desde 2014, em virtude de problemas com a empresa licitada. Com 35 mil m², o local tem capacidade para atender mais de quatro mil pessoas. O projeto está orçado no valor de R$ 8,8 milhões.

 

Priscila contou à equipe de reportagem que utiliza a pista ao redor do centro olímpico para praticar exercícios físicos, mesmo com buracos e o mato alto. Ela disse ainda que o local tornou-se inseguro e que anseia pela inauguração do centro.

 

Enquanto o Centro Olímpico não tem previsão para ser inaugurado, os moradores buscam alternativas para praticar atividades físicas. Uma das possíveis escolhas é a Praça do Estudante localizada no Setor Educacional de Planaltina. O local está situado entre seis escolas da rede pública de ensino e oferece quadras poliesportivas, parquinho, campo de futebol e área para ginástica, mesmo em situação precária.

 


Se não bastam as péssimas condições dos equipamentos da praça, os moradores reclamam ainda, de uma obra do Ministério da Previdência Social “dentro” da praça. O local que deveria proporcionar lazer e diversão aos estudantes agora abriga a nova sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

A pasta informou em nota que a construção da obra tem o objetivo de utilizar espaço próprio, evitando despesas com a atual locação do imóvel. A obra tem previsão de entrega para março de 2016.

 

Confira na reportagem o desabafo dos moradores, que reivindicam por espaços de qualidade para a prática de esportes em Planaltina.
RECLAMAÇÕES
esquina - Yonná
Todos os finais de semana, Yonná leva os filhos e os amigos para brincar na pista de skate na praça do Estudante

Além dos problemas estruturais, os moradores reclamam, ainda, da construção da nova sede da Agência de Previdência Social dentro da praça. A comerciante Yoná Ylka, de 30 anos, frequenta o espaço há mais de dois anos e reprova a obra. “Sempre trago meus filhos pra andar de skate. Aqui é um lugar de diversão. Eles deveriam ter feito isso em outro espaço, essa praça é para as crianças e os adolescentes brincarem”, disse.
A placa no local indica que a obra do Ministério da Previdência Social deveria ter sido entregue em janeiro de 2015. Em nota, a pasta esclareceu que a obra edificada está em uma área que pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que a conclusão do imóvel está prevista para março de 2016. Segundo o MPS, a construção da unidade tem o objetivo de utilizar espaço próprio, evitando despesas com a atual locação do imóvel.
O vigilante Wellington Martins, de 43 anos, leva os filhos para jogar bola no campo de futebol de grama sintética aos fins de semana. Ele contou que o sentimento é de revolta, já que na cidade há outros espaços que poderiam ser utilizados para a construção da obra.

“Nós precisamos sim de um posto do INSS e de outros órgãos aqui em Planaltina, mas também precisamos de esporte. Eles [o governo] deveriam ter respeitado, principalmente, os estudantes que usufruíam tanto desse espaço”.

A Administração Regional de Planaltina informou, em nota, que nenhuma reforma foi feita na praça desde a sua inauguração.

ABANDONO

esquina - centro olimpico
Com Centro Olímpico fechado, moradores utilizam área externa para a prática de esportes

Se de um lado a praça do estudante foi ocupada por uma obra que não é destinada à prática de esporte, do outro, o centro olímpico que seria capaz de oferecer esse tipo de serviço aos estudantes, permanece fechado. Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NOVACAP), as obras começaram em 2009 e estão paralisadas desde 2014, em virtude de problemas com a empresa licitada. Com 35 mil m², o local tem capacidade para atender mais de quatro mil pessoas. O projeto está orçado no valor de R$ 8,8 milhões.

A promessa já dura seis anos e os sinais de abandono são visíveis a quem frequenta o local. Somente uma parte da cobertura do ginásio foi instalada. As piscinas estão prontas, mas viraram acumuladoras de água em tempo de chuva. O mato em volta do local está alto. Não há iluminação para quem utiliza o espaço à noite. Também não há segurança.

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Com a obra parada, os moradores utilizam a pista em torno do centro olímpico para realizar atividades físicas. A dona de casa Priscila Alves, de 35 anos, frequenta o local três vezes por semana. Ela contou que o local se tornou inseguro e que anseia pela inauguração do centro.

“Nós queremos que funcione logo para que possamos colocar os nossos filhos aqui. Está tudo parado”, reclamou.

Para a administração da cidade, Planaltina foi a pioneira com o programa Esporte à Meia Noite, por envolver adolescentes e afastá-los das drogas. Atualmente, a região conta com parcerias entre o governo de Brasília, ligas de futebol e comerciantes locais para a realização de diversos campeonatos esportivos na localidade.

Texto: Henrique Rufino 

Fotos: Henrique Rufino e Laís Rodrigues

Vídeo: Henrique Rufino e Larissa Rocha

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