Quem compareceu ao ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), não se arrependeu. Em final inédita, o Sada/Cruzeiro bateu o Brasil Kirin e garantiu o quarto título seguido da Superliga Masculina. O cubano Leal, maior pontuador da partida, foi eleito o melhor em quadra. Com o título, o time mineiro conseguiu uma marca incrível: venceu todos os torneios que disputou na temporada.
Saiba como foi a participação da torcida no jogo
O jogo
O Brasil Kirin sabia que qualquer erro contra o Sada/Cruzeiro poderia ser fatal. Por isso, entrou com muita vontade e forçando o saque. No primeiro momento deu certo. A equipe paulista virou o primeiro tempo técnico apenas um ponto atrás do adversário (7/8). O cubano Leal, destaque nas semifinal contra o Sesi/SP, voltou a ser decisivo. Com um ace e um ataque na paralela, o ponteiro ampliou para três pontos a vantagem mineira (14/11). Porém, o time campineiro correu atrás, virou o placar (22/20) e fechou a parcial em 25 a 23, em ponto de Lucas Lóh.
Os ataques levaram vantagem sobre as defesas no segundo set. Com William inspirado, Wallace e Leal aproveitavam os contra-ataques. Com isso, o Sada/Cruzeiro abriu três pontos de vantagem (12/9). Mais uma vez, o Brasil Kirinreagiu e empatou o jogo (14/14). Na reta final, o time mineiro se impôs e, com ponto de saque de Eder, levou a melhor: 25 a 23, para delírio da torcida celeste – seis ônibus vieram de Minas Gerais para acompanhar a final.
Depois do empate, o Brasil Kirin se desestabilizou e começou a cometer muitos erros – foram sete no total. Aproveitando-se disso, o Sada/Cruzeiro fez 14 a 8, até com certa facilidade. O árbitro, pressionado pelos dois lados, teve que controlar o jogo e os ânimos. Quando Leal cravou e encarou os adversários na rede, outra discussão e atletas exaltados. Fora as provocações, os comandados de Marcelo Mendez foram soberanos: 25 a 15, com destaque para os seis pontos de Leal, todos de ataque.
No último set, a torcida já sentia que o título estava próximo. Leal, personagem da final, teve o nome gritado. O cubano, que se naturalizou brasileiro, retribuiu em quadra e liderou a equipe celeste, que teve dificuldades para segurar o ataque adversário. O time paulista soube aproveitar os contra-ataques e abriu a maior diferença do set (20/18). A torcida mineira, de pé, viu a virada e explodiu de alegria: 30 a 28 e mais um caneco na galeria recheada de troféus.
Por Clara Sasse e Tácido Pries
Foto: Divulgação/Cruzeiro


