A mulher descobre que está grávida. Pega uma virose no primeiro trimestre da gestação. Não há como ter certeza de que ela pegou o Zika. Mesmo se houvesse, não existem provas de que o feto pode desenvolver microcefalia. Mesmo que seja provada relação entre as duas doenças e haja um método mais avançado para determinar se a pessoa pegou Zika, a legislação brasileira não permite o aborto porque a microcefalia permite sobrevida.
Parece um pesadelo sem fim. Onde as discussões devem parar? Quando uma interrupção deveria ser permitida caso a lei mude? Em que casos a lei deveria se abrandar? Existe algum ponto em que o aborto passa a ser outro tipo de interrupção? Quais os métodos clínicos possíveis? Quais as consequências para a sociedade? É uma questão sobre os corpos das mulheres?
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Por Vinícius Brandão
Arte: Camila Campos


