Lugares exóticos podem ser mais em conta

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Visitas à Torre Eiffel ou passeios entre as cabines telefônicas de Londres são lembranças obrigatórias para quem viaja à Europa. Mas já experimentou embarcar para lugares inusitados, fora das vitrines ou dos cartazes das operadoras de turismo? Em busca de roteiros exóticos e “fora do comum”, viajantes procuram por destinos excêntricos (que saem dos clichês), para conhecer curiosos cantos pelo mundo. As agências de viagem têm oferecido passeios internacionais que proporcionam experiências únicas em diversas culturas e costumes. A boa notícia: pode sair mais um conta do que os tradicionais. Esses roteiros nada mais são do que lugares fora do eixo, com belas paisagens, novas culturas, aventuras e passeios diferentes do habitual, ou até mesmo atividades esportivas extremas.

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A jornalista Andressa Furtado, 27, embarcou de férias em maio para a Tailândia. “Escolhi esse destino para explorar o país. Não precisei de visto, mas tive que obter o certificado de Vacina Internacional de Febre Amarela e mostrá-lo no hall da Anvisa no aeroporto de lá”, afirma. O país encontra-se no centro da península da Indochina, no Sudeste asiático. O destino recebe aproximadamente 26 milhões de visitantes todos os anos. É uma referência de beleza das praias, templos budistas e riqueza cultural. O país é ideal para quem pretende viajar sem gastar muito. “A Tailândia é um lugar que você consegue ir numa boa, sem muitos custos. Em 13 dias, eu gastei apenas US$ 800 (cerca de R$ 2.800 hoje) com passeio e alimentação”, explica a jornalista.

Exóticos

A proprietária da agência de turismo Cantur, Denise Machado, alega que existem diversos motivos para a busca por destinos inusitados. Podem ser motivos religiosos, culturais, de descanso, férias com os amigos ou familiares, entre outros. A Indonésia é um país caracterizado pelos parques naturais, passeios, mergulhos e templos antigos, pontos turísticos que atraem muitos mochileiros. A empresária diz que esse é um destino demandado por quem procura por roteiros exóticos e para todos os bolsos. “O maior arquipélago do mundo, com destaque para as ilhas de Bali e Java, requer visto e certificado de Vacina Internacional Febre Amarela”, completa.

De olho no preço justo, mochileiros também podem apreciar um dos destinos mais baratos do planeta, a Índia. Posicionado no sétimo lugar na lista dos Travellers’ Choice, o país disponibiliza hospedagens confortáveis e transportes, como o trem, por preços baixos. Os roteiros por Nova Délhi possuem atrativos, como montanhas, praias e palácios. Além da capital, a cidade de Mumbai é considerada, entre os destinos prediletos, também uma das cidades mais “baratas” do mundo, segundo o ranking Prices and Earnings. Para entrar no país, também é necessário o visto e certificado de vacina contra febre amarela.

De acordo com os operadores, outro lugar inusitado que caiu no gosto dos turistas é o Nepal. Situado nas encostas da cordilheira do Himalaia, é um destino para quem busca por experiência espiritual e atividades como o trekking, além de trilhas e belas paisagens das montanhas Everest e Anapurna. O país asiático também agrada viajantes a baixo custo. “O viajante pode se hospedar em casas de famílias ou trocar hospedagens por serviços”, explica a especialista em turismo Denise Machado. O problema ainda é o preço das passagens não promocionais para esses destinos. O preço do trecho ida e volta de São Paulo para Kathmandu (Nepal) custa mais de R$ 7 mil.

Diversidade cultural

A consultora de viagens Rejane Saraiva explica que os roteiros exóticos mais utilizados por brasileiros vão além dos asiáticos. Segundo Rejane, os viajantes também optam por destinos como a Patagônia argentina, Machu Picchu, no Peru, a maior ilha da Polinésia Francesa, o Taiti, e a África.

A África do Sul é um dos destinos mais procurados por jovens que fazem intercâmbio. O lugar pode ficar cinco vezes mais barato que intercâmbios nos Estados Unidos. Trilhas na selva, esportes radicais, clima tropical, safáris, parques e praias chamam atenção de viajantes por todo o mundo. Rejane destaca ainda que há diversas atrações para turistas também no Marrocos. “As pessoas gostam passear pela área dos tesouros imperiais por conta das culturas”, confirma.

 

Juliana Cunha e família. Foto: divulgação
Juliana Cunha e família. Foto: divulgação

Só pra quem pode 

De outro lado, há o turismo de luxo. A consultora de viagens Rejane Saraiva elege os Emirados Árabes, especificamente Dubai e Abu Dhabi, como destinos excêntricos. A jornalista Andressa Furtado fez uma visita à Dubai, com o objetivo de conhecer a cultura do local. Ela conta que o procedimento de entrada no lugar é mais complicado. “Tem que entrar com um pedido ao hotel em que será hospedado ou pela companhia aérea, e só assim você consegue entrar no país. É um pouco chato”, relembra.

As amigas Juliana Cunha, 19, e Luanna Perdiz, 18, embarcaram para os Emirados Árabes nas férias de janeiro e contam que ficaram impressionadas com os costumes do local. “O que mais me encantou foi a cultura e a arquitetura de lá. A gente até brincava que tudo era o maior ou o melhor do mundo. O maior prédio, maior hotel, maior centro comercial, a maior mesquita do mundo. O legal também é que nenhum estrangeiro pode ir para os Emirados Árabes procurar emprego, eles têm que ir já com o emprego garantido”, analisa Juliana.

Em contraste com os países que proporcionam aventuras sem custos altos, os gastos nos Emirados Árabes pesam no bolso do turista. “Em Dubai,  eu paguei R$ 23 em apenas uma água, é muito caro”, comenta Andressa Furtado. “Tudo de melhor do mundo está lá e a variedade é gigantesca. A única dificuldade foi acostumar com o valor das refeições que era bem caro”, aponta Luanna Perdiz.

Por Rafaela Amaral

Fotos: arquivo pessoal

Vídeo: Rafaela Amaral 

 

 

 

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