Pirenópolis: sem delegacia no fim de semana

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Com um número estimado de 10 mil visitantes mensais, segundo o site da prefeitura, Pirenópolis  não tem atuação policial nos finais de semana. Caso ocorra algum crime, a população tem de recorrer à delegacia mais próxima, que fica na cidade vizinha Anápolis.

O delegado de Pirenópolis, Bruno Costa e Silva, explicou que quando possui demanda de policiamento na cidade histórica por conta de grandes eventos ou feriados prolongados, dá-se início ao regime de plantão extraordinário. “Em períodos de grandes festas, como carnaval ou cavalhada, as delegacias ficam abertas e o policiamento ocorre das 8h às 18h. Sempre que há demanda, há policiamento”.

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Se uma pessoa em um final de semana normal precisa se comunicar com a polícia, ela pode ligar para a central de flagrantes que fica em Anápolis e, assim, chamar a polícia, segundo o delegado.

A falta de recurso e contingente policial são motivos para o fechamento da delegacia nos finais de semana. “Cada instituição tem o seu regimento. Cada cidade tem a sua dificuldade de manter a delegacia. Falta, provavelmente, escrivão ou delegado. Por isso, agrupam os batalhões em apenas um lugar para dar suporte à toda região”, explicou o comandante do 37º batalhão da Polícia Civil de Pirenópolis, Antônio Bonfim. Mas ele preferiu não comentar sobre a existência de uma política que proíbe o funcionamento de delegacias em certos municípios durante os finais de semana. Em vez disso, defendeu que o que falta é a presença de “leis fortes”.  “Os deputados, os senadores, a própria sociedade deve mudar, porque a maioria dos crimes que acontecem são reincidentes. Precisamos de boas escolas, boas leis, bons cidadãos. Uma boa polícia já existe”.

Segundo o comandante, haverá contratação de policiais civis para a cidade de Pirenópolis em breve. “Assim, deve facilitar essa locação de policiais nas cidades que estão faltando no contingente da polícia civil”.

A Secretária de Segurança Pública do Estado de Goiás se negou a dar informações com dados ligados à criminalidade na região devido a um novo sistema de registro de atendimento integrado.

Por João Victor Bachilli e Arthur Menescal

Arte: Camila Campos

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