Ambientalistas e organizações não-governamentais, principalmente as estrangeiras, atrapalham o indígena na Região Norte. A opinião é do Coronel Daniel Vianna Peres, do Comando Militar da Amazônia. A crítica foi feita em palestra para estudantes e professores de jornalismo, na segunda (dia 7). Segundo ele, alguns ambientalistas trabalham a serviço de interesses internacionais. “Eles são ligados a empresas multinacionais e a grandes grupos econômicos com a finalidade de estabelecer zonas de crescimento econômicas, e acabam fazendo um desserviço ao nosso país”, afirma.
Ele acrescenta que a comercialização, industrialização e o capitalismo concentrado na região Sul, Sudeste e Centro-oeste estão avançando para a região Norte do país em busca de uma maior movimentação econômica. De acordo com o Coronel, o que é controverso é que os ativistas não querem a integração da população indígena.
Desmatamento
O desmatamento no Brasil diminuiu muito ao contrário do que vem sendo noticiado pela mídia, defendeu o oficial. De acordo com dados apresentados pelo Coronel, em 1995 existiam 29.750 quilômetros de mata desmatada da sua quantidade original. Já os últimos dados, de 2012, mostram que 3.600 quilômetros foram destruídos. Em 2008, por exemplo, o Brasil ainda preservava 69,4% da sua floresta original, enquanto que a Europa preservava apenas 0,3%.
Belo Monte
No caso da Usina de Belo Monte, ativistas e celebridades se juntaram para lutar contra a construção da Hidroelétrica. Do ponto de vista do militar, essa manifestação contra Belo Monte foi criada com interesses políticos e sociais, com a crença de que os indígenas não querem ser socializados, não querem ter casa própria, emprego e carro novo. “A onda de desenvolvimento está chegando, mas os ambientalistas atrapalham”, ressalta o coronel.
Por Simone Alves- enviada especial a Manaus