NA SELVA (28.05) – Instabilidade climática provoca parada técnica de voo da FAB em campo militar

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SERRA DO CACHIMBO – O voo que levava o grupo composto por alunos de jornalismo do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e da Universidade de Brasília (UnB), em missão de cobertura nas fronteiras da Amazônia, foi obrigado a fazer uma parada técnica no meio do caminho. A aeronave da Força Aérea Brasileira, modelo C-99A, deixou a base aérea de Brasília (DF) por volta das 10h30.



            O pouso no município de Cachimbo, no campo de provas Brigadeiro Velloso, na divisa do estado de Mato Grosso (MT) com o Pará (PA), aconteceu às 12h40, horário de Brasília.


A decisão de interromper a viagem foi tomada após o comandante do voo, o piloto e Capitão da Aeronáutica, Igor Sampaio, avaliar as condições climáticas. Por causa dos fortes ventos, a aeronave consumiu mais combustível do que o esperado. Para garantir a segurança dos tripulantes, o comandante considerou mais prudente uma parada para reabastecer o jato da Embraer.

Durante 15 minutos, a aeronave foi abastecida com querosene. “Agora, com o tanque cheio, dá para fazer o caminho Manaus/ Cachimbo duas vezes”, explica o piloto.


A mudança de planos de voo não é rara na região norte do país. “A maior dificuldade de voar na Amazônia está nas bruscas variações climáticas, o que gera muita instabilidade”, disse o piloto.


A viagem foi retomada e até Manaus, o voo durou mais uma hora e meia. Os alunos vão participar de uma programação com palestras sobre assuntos locais, visitas a comunidades indígenas e terão a oportunidade de conhecer o trabalho de defesa que é desenvolvido nas fronteiras com a Venezuela, Colômbia e Guiana.


 Piloto nega ponto cego



Entre os mitos que circulam a respeito de voar na Amazônia, existe o senso comum de que há pontos não visíveis pelo controle de tráfego aéreo. O comandante da aeronave negou essa ideia.

Uma curiosidade é que o local da parada do reabastecimento é o mesmo onde, em 2006, o Legacy que colidiu com o voo 1907, da Gol, fez um pouso de emergência. Na base aérea de Cachimbo, o jatinho permaneceu retido para investigação por mais de três anos.


Segundo as investigações, o acidente deixou 154 mortos e teria se motivado por uma sucessão de falhas dos pilotos americanos e de militares em terra, que faziam o controle do tráfego aéreo. Oitos militares envolvidos no caso foram presos e excluídos da corporação. Os pilotos civis respondem processo em liberdade nos Estados Unidos.



Por José Maurício e Sthael Samara – Agência de Notícias UniCEUB
Foto: Sérgio Vinícius

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