

(Manaus, 23.04.2013) Responsável por proteger mais de 11 mil quilômetros de fronteiras na Amazônia, o Exército Brasileiro enfrenta dificuldades para colaborar com outras funções do Estado Brasileiro na região. Com aproximadamente cinco milhões de habitantes, a região que é compreendida como Amazônia Legal representa 59% do território brasileiro. Segundo o Comandante Militar da Amazônia, general-de-exército Eduardo Villas Bôas, com os recursos humanos e tecnológicos que o Exército possui, é praticamente impossível proporcionar serviços básicos como transporte e saúde na região. Um exemplo claro é o hospital de Tabatinga. “Há 30 anos este é o único hospital da região. Além de atender os moradores locais, também atende pacientes dos demais municípios e de países vizinhos”, afirma Villas Bôas. “ Precisamos de mais 600 médicos para melhorar o atendimento na região”, conclui.
O Chefe de Estado Maior do Comando Militar na Amazônia, Luiz Jaborandy, declara que as Forças Armadas recebem cerca de R$150 mil do Governo amazonense para os gastos com o hospital de Tabatinga, porém, gasta cinco vezes mais que esse valor para manter o local funcionando. ”As políticas públicas são concentradas nas capitais do estado, onde existem mais pessoas e consequentemente mais votos”, finaliza.
Por Elaine Fonseca e Jamile Rodrigues – Agência de Notícias UNiCEUB


