As formas alternativas de comunicação, via mídias sociais, se tornaram a nova arma de guerra da Força Aérea Brasileira. A gestão desse trabalho está a cargo do Centro de Comunicação da Aeronáutica, que tem sede em Brasília. Além da divulgação das missões subsidiárias da instituição, como apoio humanitário ou monitoramento de desmatamento, a instituição quer garantir mais espaço para tratar da missão “constitucional”, que seria o de conduzir o “braço armado”, a garantia da soberania.
Como o país é considerado pacífico, gestores entendem que há maior simpatia da sociedade por outras tarefas, tais como vacinas índios ou transportar vacinas. “Temos que informar sempre que é preciso resguardar a soberania do Brasil mesmo prezando muito por questões humanitárias”, disse o major Marco Ribeiro, que estudou a comunicação da FAB no mestrado. O oficial esteve em congresso de sustentabilidade promovido pelo UniCEUB.
Confira abaixo entrevista do Major Ribeiro sobre divulgação das ações socioambientais

Para o major, as políticas socioambientais são também importantes. “As forças armadas não precisam se adaptar, pois as questões sociais são conceitos novos para ensinamentos antigos. Basta ter vocação e a Aeronáutica como as outras forças possuem vocação para ações socioambientais”. Ele lembrou que, além do trabalho de verificação do desmatamento, a instituição cuida do Campo Brigadeiro Velloso, na Serrra do Cachimbo, no Mato Grosso. A área de floresta equivale ao estado de Sergipe.
“Se a sociedade brasileira quiser que os investimentos nas forças armadas sejam maiores, são as pessoas que precisam conquistar isso. Nós trabalhamos em prol do povo. Orientar por mídias sociais é o nosso papel também”, declarou Ribeiro. O major acredita que a FAB trata com expectativa a compra do novo caça Gripe, do programa acertado pelo governo federal. “Nem todos acham que isso é prioridade. Nosso papel é mostrar isso”.
Na entrevista abaixo, oficial lembra que é necessário investimento para cumprir missão

“O marketing e a publicidade se bem feitos e com um fundamento positivo, são a porta de acesso à população”, declarou. Ele descreve não ser a solução, pois só é possível divulgar a missão fim (defesa) da FAB, caso a população se comunique. “A sociedade precisa estar disposta a receber as informações”.
Por Lucas Valença – Agência de Notícias UniCEUB
Imagens: Agência Força Aérea e reproduções