O motorista de táxi Aldemir Algustim da Silva, de 47 anos, trabalha em Manaus há 7 anos e garante que o trânsito está pior nos arredores do estádio, uma confusão no trânsito “Por enquanto eu não vi nada, só mesmo o recapeamento”, contou.
A Arena da Amazônia foi inaugurada no dia 9 de março, com 97% as obras concluídas. Foram gastos R$ 669,5 milhões. Quatro operários morreram. O que fazer com o estádio depois da Copa? O coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGP) de Manaus, Miguel Capobiango já disse que pretende terceirizar e transformá-lo também em shopping center.
A morte de quatro operários chamou atenção para a segurança durante a construção da Arena. Em março de 2013, o pedreiro Raimundo Nonato Lima Costa, de 49 anos caiu de uma altura de 4 metros e morreu. Em dezembro, Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, instalava os refletores do estádio caiu e veio a óbito. No mesmo dia, poucas horas depois José Antônio da Silva Nascimento de 49 anos sofreu um infarto enquanto fazia o serviço de limpeza no local. E em fevereiro de 2014, Antônio José Pita Martins trabalhava próximo a Arena Amazônia quando foi atingido por uma peça de metal na cabeça.
Para o taxista, a Arena da Amazônia não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo, “Acredito que não vai ficar não. Ainda vai ter alguma construção pra fazer”, conclui.
Evitando problemas
O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Carlos Antônio Almeida de Oliveira, afirmou que a maior preocupação dos profissionais é quanto aos estádios atrasados, “O atraso é horrível para a pericia, por conta das varreduras. A inspeção pode ser feita até com 1 dia de antecedência do evento, mas é preciso entregar o obra pronta”, esclareceu. A Arena receberá 4 jogos
Segurança
O comandante da Base Aérea de Manaus, Omar José Sarmento dos Santos, explica ainda que são feitas simulações para controlar o grande fluxo de tráfego aéreo no país. “O pessoal já está preparado e tenho certeza que não teremos problemas, nem incidentes quanto ao trafego aéreo.”
Por se tratar de uma região com mais rios, a Marinha também atua na fiscalização de transatlânticos que possam vir ao Brasil por conta da copa. “O porto de Manaus que tende a atracar diversos transatlânticos, a marinha vai estar presente lá para segurança com os fuzileiros navais presentes e no rio com as lanchas das capitanias”, ressalta o capitão Victor Sousa Abreu, Capitão da Fragata do 9º Distrito Naval.
Por Simone Alves – enviada especial a Manaus