Buzinas a gás: alto risco sem fiscalização

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Euforia e alucinações a “baixo custo” têm aproximado jovens de uma prática perigosa: a inalação de gás das populares buzinas em lata. Uma das vítimas mais  recentes foi a  estudante Maria Luiza Perez, de 18 anos, que morreu no dia 26 de março ao inalar  o gás do produto comprado em um posto de gasolina, em São José do Rio Preto (SP). A garota chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não sobreviveu. Segundo a polícia, ela teve uma parada cardíaca. Segundo especialistas, a buzina em lata pode conter os gases propano e butano, que podem causar alucinações e danos no sistema respiratório, cardíaco e neurológico.

Clique sobre a imagem para ampliar. Arte: Camila Campos
Clique sobre a imagem para ampliar. Arte: Camila Campos

Segundo a farmacêutica do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) Katia Braz, o risco da inalação depende da quantidade e da predisposição a algumas doenças. “Dentre os efeitos mais graves, podem ocorrer taquicardia, inconsciência, convulsões, colapsos respiratórios e até mesmo a morte”, explicou.

Perigo via internet

O problema é que o produto pode ser facilmente comprado em lojas de conveniência e até pela internet. Segundo o site da marca Popper, que fabrica a Mega Buzina, a mercadoria é regularizada pelo Inmetro. O custo médio é de R$ 10. No entanto, segundo a portaria 603 do Inmetro (2013), cornetas ou buzinas de Spray estão entre os produtos não passíveis de certificação. Ao ser contatado, o órgão nega que normalize esse tipo de produto. A marca Popper informou que a exibição do selo é um erro que está sendo resolvido.

Em fevereiro, um homem de 33 anos morreu em Fernandópolis pela inalação do gás. Poucas semanas antes, uma jovem de 17 anos sofreu uma parada cardíaca por ter respirado em uma festa com os amigos, também em São José do Rio Preto. Ela passou nove dias internada, mas não teve sequelas. .

Por Bruna Maury

Arte: Camila Campos

 

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