Ciclovias não mudaram mobilidade urbana, diz ONG

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O servidor público Uirá Lourenço,  da ONG Mobilize-se, apontou, em palestra no UniCEUB, que existem incoerências entre a realidade exposta pela comunicação do Governo do Distrito Federal (GDF) e o que se encontra nas ciclovias de Brasília. “Há uma crise, um colapso, na mobilidade urbana”, descreve a situação dos carros em velocidade baixa devido aos engarrafamentos.

O ciclista afirma que a capital brasileira é o estado com mais ciclovias do país, com 440 quilômetros. Para comprovar que a situação não é a ideal, o servidor mostra fotos tiradas por ele de várias dessas vias que terminam em campos abertos, dão em cruzamentos que as bloqueiam e de ocasiões em que carros de serviços públicos (polícias e fiscalização) estacionam nas mesmas. Lourenço demostrou os projetos de ampliação de rodovias públicas feitos pelo GDF. Nos projetos, é possível notar a ausência de espaços para bicicletas e pedestres.

No entanto, na palestra, Lourenço assegura que essa realidade se encontra em mudança. Paris, Estolcomo, Oslo e Pernambuco são cidades que ele indica participar de uma tendência do que ele chama de mobilidade saudável, em que o público jovem demonstra menos interesse em veículos automotivos e utilizam mais transportes coletivos ou alternativos.

No mesmo encontro, a gestora ambiental Silvia Stuchi defende que são necessárias as micro revoluções urbanas para a mudança começarem a ocorrer. “Isso significa que as pessoas devem começar a ter atitudes, e não apenas ficar esperando atitudes do governo, por exemplo”. Silvia é uma das idealizadoras da Rede corridaamiga, que tem como objetivo incentivar a prática da corrida como mobilidade urbana.

Confira entrevista com os palestrantes do evento TEIAS que ocorreu na manhã desta terça-feira (01) no UniCEUB:

Por Daniella Bazzi e Vinícius Brandão

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