FLORIANÓPOLIS (SC) – No último evento do II Congresso Nacional do Projeto Rondon na Universidade Federal de Florianópolis (UFSC), o coordenador geral do programa, general Walmir Almada Schneider Filho, destacou o decreto que recriou o Rondon em 2005 e ressaltou as perspectivas e desafios para a próxima década. O foco do projeto que, na primeira etapa, era assistencialista, passou a ter uma base educacional. “Os próximos 10 anos o Projeto Rondon vai casar a base educacional com as políticas públicas do governo federal”, explicou. “O rondonista precisa conhecer a concepção política e estratégia do projeto. Para isso, estamos reestruturando o programa”, acrescentou.
Schneider ressaltou que o Rondon tem autoridade, em decreto, de definir políticas públicas em ministério e concentrar no projeto. “É preciso reunir todos em um município”, ressaltou. O grupo está com uma ação em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para saber os problemas dos municípios brasileiros para, então, focar na solução em cada comunidade. “Os municípios desconhecem uma série de programas que o governo federal tem. É preciso apresentar isso a eles”, ressaltou.
O coordenador ressaltou que um dos objetivos específicos do projeto é contribuir com o fortalecimento das políticas públicas, além de propiciar ao estudante universitário conhecimento de aspectos peculiares da realidade brasileira. “O foco é nas comunidades carentes, o segundo já foi atingido, que é chegar aos universitários”, destacou.
Aa regiões Norte e Nordeste serão priorizadas, além de áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e exclusão social. “Cada município tem uma realidade. Vamos buscar soluções personalizadas e perenes. O desafio é fazer que todos participem dos processos do Rondon, porque hoje a maioria é do Sul e Sudeste”, contou.
O general esclareceu que o projeto vai focar em três operações: nacionais, regionais e especiais. “Pensar estrategicamente é analisar o futuro para aproveitar as oportunidades e neutralizar ameaças. O Projeto Rondon não vai assumir poder público em nenhuma hipótese. Nos próximos 10 anos buscamos conquistar novos horizontes a partir de 2017”, revelou.
A próxima reunião junto ao Comitê de Orientação e Supervisão do Projeto Rondon (COS) será em 8 de outubro. “Tenham otimismo no Rondon, estamos trabalhando para o melhor”, recomendou.
Por Júlia Campos (texto)
Laylla Nepomuceno (foto)
Isa Stacciarini (edição)