Para solucionar o problema de fontes não renováveis de energia, uma alternativa tem se destacado como menos agressiva ao ambiente e de uma funcionalidade muito promissora: a energia solar. Suas aplicações práticas podem surgir do armazenamento para conversão direta em energia elétrica, ou energia térmica, e está sendo usada, principalmente, para aquecimento de água. A iluminação natural, uma fonte renovável de energia, pode ser aproveitada de forma a reduzir necessidades e custos de se adquirir iluminação e aquecimento por meios tradicionais.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, o Brasil possui hoje 13 usinas fotovoltaicas em operação, que transformam a radiação solar em energia elétrica. O número não é dos mais atraentes, se considerado o potencial brasileiro para o aproveitamento desse tipo de energia e a necessidade global de economia e reutilização das águas.
Uma das usinas brasileiras fica no centro de Brasília e foi inaugurada em fevereiro de 2011, na embaixada italiana na capital. O projeto é a segunda maior planta fotovoltaica ativa no país – atrás apenas de uma estação no Ceará -, com 405 painéis, que produzem energia para uso dos escritórios, de habitações para funcionários da segurança e da residência do embaixador. Ao todo, 7,6 toneladas de CO² deixam de ser despejadas por ano por causa do projeto. As vantagens, no entanto, não atendem apenas aos conceitos sustentáveis de arquitetura e engenharia. A embaixada não desembolsa um centavo sequer em energia elétrica, conforme acordo de troca mútua firmado com a Companhia Energética de Brasília (CEB). Enquanto o sol bate nos painéis da embaixada, a energia gerada também alimenta postes de vias públicas da região. Mas, à noite, quando o sol não contribui, a CEB retribui com o abastecimento tradicional.
Embora alguns fatores, como a elevada taxa de juros do Brasil, ainda contribuam para a pequena procura dessa matriz e sua baixa utilização no cenário nacional, o acréscimo no valor das construções é logo revertido pela operação das casas, já que terão consumo de água e luz mais baixos do que aquele em casas que utilizam o abastecimento tradicional. É o caso do engenheiro civil Ruyter Kepler de Thuin, que acrescentou os painéis à estrutura de casa há dois anos, na QI 26 do Lago Sul, e já observou as mudanças. “As contas de energia tiveram um decréscimo de pelo menos 30% desde que os painéis foram instalados. O investimento é garantido”, afirmou Ruyter.
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