Indígenas da tribo Dessana tentam manter a sobrevivência da cultura da região Norte do Brasil, mas, segundo eles, a FUNAI não os reconhecem como associação legalizada. “O Governo Federal esqueceu a gente. Não nos ajuda mais. FUNAI para mim é só nome”, conta o pajé Kissibi.
Segundo ele, a tribo não recebe auxilio adequado para suprir suas necessidades básicas, como educação e saúde. Entretanto, dizem que são apoiados pelo Exército Brasileiro. Os militares levaram a reportagem até o grupo de indígenas. Ele conta que semanalmente recebe ajuda nos remédios. “Todo mês eles desembarcam aqui e ajudam a tribo”, diz. Essa é uma das principais reclamações dos índios da tribo , que afirmam não ter sido beneficiados com o repasse de verba da destinada para a saúde.
Outra forma de sustento é com a ajuda de turistas. Todo dia passeantes vão até a tribo para conhecer um pouco mais da cultura indígena e ficar mais perto da natureza. De acordo com o pajé, no mês de junho está previsto um aumento significativo de turista durante o evento da Copa. “Quando eles chegam, os turistas, sempre deixam um beneficio que ajudam com a custa do meu grupo. E meu único emprego é a dança”.
Ela ainda faz uma acusação grave ao informar que, de acordo com “leis brancas” eles não são uma tribo considerada legalizada devido ao número de associados. E como não têm de 30 a 40 integrantes não vai receber o beneficio. A C
onstituição Federal no seu artigo 231, rege que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente, ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. A indigência dos índios é consequência do descaso do Estado.
Por Danielly de Sousa – Agência de Notícias UniCEUB
