FLORIANÓPOLIS (SC) – Durante palestra no último dia do II Congresso Nacional do Projeto Rondon, o ministro do Superior Tribunal Militar (STM), José Barroso Filho, considerou que para planejar estrategicamente é importante estabelecer caminhos. “Orçamento não é só uma nota fiscal, é o futuro. Quanto de futuro há em cada centavo público? Para uma criança que quer estudar faz falta”, ressaltou. “Falhas de mercado e falhas de governo são desvios éticos do mesmo jeito. Não tem que ter medo de movimentos sociais e manifestações”, destacou.
Barroso classificou um dos pontos mais importantes do Projeto Rondon como união de propósito. “É um programa de um Brasil mais inclusivo e democrático”, considerou. Ele defendeu políticas públicas e educação. “Não é admissível uma pessoa passar fome, miséria. Nós, como sociedade, temos que equalizar. Temos direito a igualdade quando a diferença nos inferioriza. A semente de um bom fruto é a educação”, alegou.
O ministro classificou a educação em quatro pilares: aprender, fazer, conviver e ser. “É preciso sair do quadrado que estamos acostumados a ver em universidades. Eu sou um aficionado pelo Projeto Rondon”, disse.
Para ele, solidariedade é um princípio político, jurídico e econômico. O ministro considerou que a partir da interação com comunidades carentes, universitários conseguem enxergar um Brasil real. “Eles aprendem e ensinam. É uma interação que cada vez mais a academia precisa se abrir: pesquisa, ensino e extensão. A academia tem que ter uma interação com a vida. O desafio é descobrir como mudar o mundo”, ressaltou.
Barroso já participou de 11 operações do programa. Confira a entrevista completa com o ministro:
Por Júlia Campos (texto)
Laylla Nepomuceno (foto)
Isa Stacciarini (edição)
A equipe viajou para Florianópolis a convite do Projeto Rondon