Começa nesta quarta-feira (02) o 7º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência “Assim Vivemos” em Brasília. Os filmes e debates, que vão ocorrer no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), contam com a inclusão: libras, áudio descrição, braile, legendas com indicação de ruídos e interpretação em línguas de sinais para os debates. “A inclusão é o pressuposto básico do festival”. A curadora do evento, Lara Pozzobon, 47 anos, contou que a primeira edição do festival introduziu a áudio descrição em projetos culturais no Brasil.
O Festival, que é bienal, teve início em 2003, e desde então conta com edições em Brasília (já São Paulo foi incluída a partir de 2009). A curadora do festival disse que o festival sempre teve produções de todos os continentes. “Desta forma temos um painel plural para debater sobre pessoas com deficiência e questões como inclusão, acessibilidade e outros temas pertinentes”, afirmou. Neste ano, há produções da França, Austrália, Brasil, Eslováquia, Israel, Ucrânia, República Tcheca, Bélgica, Chile, Irã, Suíça, entre outros.
O grande tema transversal desta edição do festival é a independência e a autonomia. “Essa é a grande questão que está em praticamente todos os filmes neste ano”, informou Lara. Ela explicou que o festival vai muito além da conscientização, o objetivo é a sensibilização. “A sensibilização para o deficiente e para o outro. Até mesmo das pessoas com deficiências sobre outras deficiências”. O que antes eram grupos individuais, agora estão congregados, inclusive os não deficientes.
Lara Pozzobon adiantou que o brasiliense e artista plástico, Lucio Piantino, estará presente no debate de sexta-feira (4), cujo o tema é “ser artista”. O jovem, que possui síndrome de down, já expôs suas obras no Brasil e na Itália.
O festival vai ocorrer de 2 a 14 de março. As sessões e debates são gratuitos. Confira a programação no site oficial do evento.
Imagens: Tátika Comunicação e Produção
Por Daniella Bazzi