O ritmo da música também pode servir como terapia em diversos tratamentos. E isso que os musicoterapeutas praticam para ajudar pessoas que estão com a saúde comprometida. As crianças que fazem a terapia geralmente tem autismo, déficit de atenção, síndromes raras ou estão durante o tratamento de quimioterapia.
No dia 15 de setembro é comemorado o Dia do Musicoterapeuta, o profissional que usa da música para promover aprendizado e desenvolver comunicação e qualidade de vida para quem precisa. O musicoterapeuta Claudio Fialho explica que a técnica promove resultados satisfatórios: “tem dado voz a criança, muitas vezes a comunicação dela não é nem aquela forma verbal, mas ela se expressa”, conta.
De acordo com ele, a musicoterapia se distingue da terapia padrão, porque além das conversas, os pacientes têm contato com a música e desenvolvem a técnica de compor canções e aprender a cantar ou tocar instrumentos.
Esse foi o caso de Bianka Nascimento, de catorze anos, que, com uma doença de pele, foi influenciada pela psicóloga a fazer a terapia. Além de melhorar sua autoestima e seu desenvolvimento, Bianka desenvolveu uma paixão pela música. “Quando eu comecei a ser acompanhada pelo musicoterapeuta, eu fui me soltando mais, a pele foi melhorando e meu emocional foi melhorando também”, completa.
Sonia Nascimento, mãe de Bianka, não consegue conter a felicidade ao falar sobre o sucesso do tratamento. Antes a filha era tímida, fechada e não tinha vontade de ter contato com outras pessoas. Agora, com a terapia e a música, Bianka está mais sociável. “A autoestima dela melhorou bastante, tanto na timidez quanto no canto. E cada vez melhor, a pele dela está 100%. Ela está mais comunicativa com todo mundo”, diz.
Na musicoterapia, a criança absorve a capacidade de se expressar e a de passar informação a respeito do mundo emocional, físico, cognitivo e até mesmo motor. É importante que o profissional de musicoterapia tenha um curso superior e habilidades em música para permanecer atuando. Eles trabalham com outros profissionais, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas ou psicólogos.
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Por Deborah Fortuna e Sara Rodrigues