Marcela Lima, estudante do 9º ano, de 14 anos, ama escrever e uniu esse sentimento com a vontade de mudar a realidade que a cerca. Marcela ficou comovida a partir do momento que conheceu hospitais locais. “Eu escolhi saúde pública como tema do meu texto pela comparação que tive na minha vida, uma época da minha vida eu tive que frequentar hospitais públicos e em outra os particulares”. Marcela é uma das estudantes que participaram do concurso “Jovem Escritor”, que reuniu mais de quatro mil alunos que dissertaram sobre soluções dos problemas enfrentados na capital.
Segundo os organizadores do evento, a maioria dos entrevistados apontou que o principal problema no DF é a educação precária, falta de estrutura nas escolas e a motivação dos professores. Os 100 melhores textos compõem o livro Jovem Escritor – Uma Visão Cidadã. Outro exemplo que teve destaque foi da estudante Ana Luiza Melo, de 13 anos, que apontou o bullying como um grande problema da cidade.
Sobram motivações para definir temas. “Escolhi a sustentabilidade por ter sido um tema de redação que meu professor passou em sala de aula para dissertarmos sobre e ninguém sabia o que era. Então, eu me inspirei nisso porque nossa matéria prima está acabando e não estamos percebendo” – conta Isadora Magalhães, estudante do 8º ano.
O presidente do SINDIGRAFDF (Sindicato das indústrias gráficas do DF), Pedro Achcar, aponta, como principal importância do evento, o estimulo dado aos jovens para desenvolver técnicas que melhore, cada vez mais, suas redações. “A emoção que eles sentiram aqui hoje não foi apenas pelo vale compra e sim por verem seus textos se materializando em um livro e verem o governador falando sobre isso”.
Por João Victor Bachilli
