Atletas de Ouro: conheça mesa-tenista Iranildo

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O mesa-tenista Iranildo Espíndola, de 47 anos de idade, conquistou duas medalhas de ouro nos jogos Parapan-Americanos, em Toronto, no Canadá, e se tornou o recordista de medalhas de ouro individuais do país nesta modalidade. Na competição, ele também garantiu a presença dele nos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro no ano que vem. Ele já havia conquistado o título em Guadalajara (2011), Rio de Janeiro (2007) e Mar del Plata (2003).

História de luta

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Após vitória, Iranildo tatuou quais foram as Olimpíadas em que participou. Com o título, garantiu vaga para Rio-2016 (Foto: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa)

Tudo começou quando Espíndola tinha apenas 26 anos quando foi mergulhar em uma praia de Vila Velha (ES) e se chocou em um banco de areia, fraturando a quinta e sexta vertebra cervical, no ano de 1995. Desde então, a cadeira de rodas se tornou necessidade diária da vida de Espíndola. Apesar da deficiência, o jovem Goiano não se deixou abater e encontrou como forma de recuperação, o tênis de mesa.

Sem pretensões e unicamente como forma de fisioterapia, Iranildo passou a praticar o esporte, onde encontrou uma facilidade maior, principalmente por ser um grande adepto das atividades físicas desde mais novo. Entre 1997 e 1998, o talento de Espíndola começou a despertar olhares mais confiantes, mudando a rotina do que virou um passatempo para a vida de um atleta. “De lá pra cá foi graças a Deus uma carreira muito vitoriosa, agradeço muito ter encontrado o tênis de mesa na minha vida”.

Além das duas medalhas de ouro em Toronto, Espíndola já conquistou diversos campeonatos brasileiros, sul-americanos e o maior medalhista de ouro em campeonatos internacionais. Espíndola também já participou de oito campeonatos Parapan-Americanos, três Paraolimpíadas e carimbou o passaporte para mais uma competição, onde disputará em solo brasileiro, mais medalhas nas Paraolimpíadas Rio 2016.IMG_6606

Delegação campeã

A comissão brasileira paraolímpica conquistou ao todo 257 medalhas no Parapan de Toronto, batendo o recorde de todas as edições da história do torneio e terminando em primeiro lugar geral, enquanto que a delegação brasileira dos pan-americano também realizado em Toronto, terminou em terceiro lugar com 141 medalhas. Espíndola comentou com orgulho os números conquistados e mostrou otimismo com o grande crescimento dos esportes para deficientes físicos. “Estou no meio paraolímpico desde o começo, em 99 foi minha primeira competição internacional e não tínhamos praticamente nenhum incentivo. Com esses problemas, quase tive que desistir. De uns anos pra cá as coisas melhoraram muito, crescemos e seguimos cada vez mais fortes”.

Para Espíndola, o grande resultado no Canadá foi gerado pela forte “matéria humana” formada nos esportes paraolímpicos, pois a força de vontade para vencer é uma das maiores armas utilizadas por estes atletas. “Temos um grande poder da superação. Quando entramos em quadra, temos que superar duas coisas: O adversário que está do outro lado e superar a nossa deficiência”.

Por Felipe Oliveira

Imagens: Arquivo pessoal

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