“Cala a boca, filha da p***”: histórias do front de 8 de janeiro de 2023

COMPARTILHE ESSA MATÉRIA

Aos gritos de “Filha da p***” e “Chora, sua vadia”, Marina Dias era escoltada por militares e funcionários do Ministério da Defesa para fora do tumulto que se formou ao seu redor na Esplanada dos Ministérios, no domingo de 8 de janeiro de 2023. Ali, a barbárie tomou conta e o ódio fomentado contra a imprensa pelo então presidente Jair Bolsonaro ao longo de seus quatro anos de governo tomou forma.

Em 8 de Janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram os prédios na Praça dos Três Poderes; crédito: Anna Júlia Lopes

O 8 de janeiro deixou marcas não apenas na democracia brasileira e nos prédios dos Três Poderes, mas causou temor e marcas nos profissionais de imprensa – aqueles do qual o governo Lula tem tentado se aproximar, depois de alguns anos mantendo uma relação de atrito com as autoridades máximas do país.

Marina Dias é jornalista do jornal norte-americano Washington Post e estava na Praça dos Três Poderes enquanto vândalos insatisfeitos com o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Lá, a multidão quebrara os seus óculos e falava em matá-la.

A jornalista não foi a única a sofrer algum tipo de ataque durante os atos. Na ocasião, mais de 40 jornalistas foram atacados na data, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Naquele dia, por volta das 15h, vândalos começaram a invadir os prédios públicos. Aqueles eram os mesmos manifestantes acampados em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Ali, eram igualmente hostis, mas contidos. Ao fazer a cobertura do acampamento, fui seguida e fotografada por vários dos manifestantes vestidos de verde e amarela e com a camiseta da Seleção Brasileira.

Invisíveis para as Forças Armadas

No domingo de 8 de janeiro, aquela mesma parcela da população raivosa não era vista pelo Exército. Na Praça dos Três Poderes, os golpistas puderam fazer a sua própria releitura do quadro “O Jardim das Delícias Terrenas”, se deixando levar sob a ausência de culpa ou qualquer restrição sem que a Polícia Militar fizesse, por longas horas, absolutamente nada.

Foi com extrema violência que a Suprema Corte foi invadida e que o armário onde o ministro Alexandre de Moraes, atacado com frequência pelo ex-presidente, guardava a sua toga foi destruído. Assim como os diversos xingamentos e ataques diretos ao magistrado, Bolsonaro também agiu de maneira agressiva com jornalistas, indo de “Você é uma vergonha” a “Quadrúpede”. Desde o fim do período eleitoral, foram registrados 115 casos de violência política contra jornalistas, segundo a Abraji.

 No 8 de janeiro, isso não foi diferente. Jornalistas foram não apenas agredidos, mas seguidos, além de terem seus equipamentos levados ou roubados. Além de Marina, profissionais de ao menos 16 veículos, como Reuters, Agência Brasil, Metrópoles e Poder360, também foram agredidos.

Capitólio brasileiro

Marina passou quatro anos nos Estados Unidos trabalhando como correspondente internacional para a Folha de S. Paulo. O seu primeiro dia no Washington Post seria na segunda-feira, dia 9 de janeiro. Para aquela semana, ela e o correspondente sênior do jornal, Anthony Faiola, já haviam marcado reuniões e cafés com uma série de ministros nomeados do novo governo.

Enquanto Anthony chegava em Brasília, no domingo, Marina ligou a televisão e viu as pessoas indo para a Esplanada. Ela conta que, no mesmo momento, imaginou que seria “algo grande”, ligou para Anthony e disse: “O nosso 6 de janeiro está começando”.

6 de janeiro de 2021 foi a data em que manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio, o prédio do centro legislativo norte-americano. Assim como no Brasil, os trumpistas estavam insatisfeitos com a vitória de Joe Biden. Na ocasião, alegaram fraude nas eleições presidenciais de 2020.

“Isso não é um protesto”

Assim que chegou na Esplanada dos Ministérios, a primeira coisa que Marina pensou foi: aquilo não era uma manifestação comum. “Isso não é um protesto. As pessoas com muito ódio, gritando, inclusive os policiais, umas pessoas meio em estado de transe, rezando alto e com muito, muito ódio”, relata.

Enquanto ela descia pelo gramado em frente ao Congresso Nacional, bolsonaristas entravam e subiam em cima da cúpula. Naquele dia, a reação da Polícia Militar foi demorada, mas, quando começou, iniciaram-se os tiros de borracha, as bombas de efeito moral e os helicópteros sobrevoando a Praça dos Três Poderes. Os vândalos, que pediam por intervenção federal com a ajuda das Forças Armadas (na prática, um golpe de Estado), aplaudiam toda vez que um helicóptero sobrevoava as suas cabeças.

Vestida naquele dia de camiseta amarela e uma calça jeans, Marina passou quase o dia inteiro sem que ninguém percebesse que ela era jornalista. “Fiz vídeos, filmava, mas todos eles estavam se filmando, então não chamava atenção de ninguém”, acrescenta. Até que em um momento, quando as forças policiais já tinham retomado – mesmo que parcialmente – a segurança no local, a jornalista viu uma senhora, parada e enrolada em uma bandeira do Brasil, conversando com um homem. De acordo com Marina, ambos estavam longe dos gritos e do “transe coletivo”.

Os ataques

“Eles estavam praticamente em uma conversa normal”, conta. Naquele momento, Marina se aproximou da mulher e disse ser jornalista, pedindo para fazer algumas perguntas sobre os atos. A mulher aceita. No entanto, o homem com quem ela conversava se afastou prontamente. Até que um novo homem se aproximou e começou a gritar: “Não responda essa mulher. Ela é uma jornalista. Jornalistas são de esquerda”.

Com o homem aos gritos, muitas pessoas começaram a se juntar ao redor de Marina. “Eu fiquei com medo e comecei a correr. E até hoje eu não sei se foi esperto ou não, mas se eu ficasse parada, eu não queria saber o que eles iam fazer”.

Na hora em que corria, foi derrubada. Até hoje, quatro meses depois (quando esta reportagem foi produzida), Marina carrega consigo uma cicatriz no pé, fruto da queda. Bolsonaristas chutavam e batiam nas costas da profissional. As mulheres puxavam o seu cabelo e a arranhavam com as unhas.

“Vocês vão matar essa mulher e acabar com o movimento”

A profissional de imprensa só conseguiu se livrar da multidão depois que um homem a escoltou pelo braço. “Para, vocês vão matar essa mulher e vocês vão acabar com o nosso movimento”, gritava. Nessa hora, Marina ganhou um pouco de fôlego e conseguiu gritar por ajuda. Mesmo com o bolsonarista dizendo que “nada ia acontecer”, ela retrucava e pensava que já estava acontecendo. Estava toda machucada e mal conseguia enxergar sem seus óculos.

O caos em que Marina se meteu continuou até o aparecimento de um militar das Forças Armadas. Ela conta que, mesmo com a presença de uma autoridade de segurança, os bolsonaristas não queriam deixá-la ir, só se dispersando com bombas de efeito moral. O militar levou a jornalista para dentro do Ministério da Defesa. Mesmo assim, os agressores continuaram do lado de fora do prédio gritando, com a certeza da impunidade, pela jornalista.

“Eles não tinham medo da força de segurança para me tirar dali e não tiveram medo de ficar ali na frente do Ministério da Defesa me xingando de todos os nomes possíveis”, declara a jornalista.

“O golpe vai vingar”

Manifestantes insatisfeitos com Lula na Presidência seguravam faixa pedindo por “intervenção” das Forças Armadas; crédito: Anna Júlia Lopes

Assim como Marina, Renato Alves, jornalista do jornal mineiro O Tempo, também sofreu ataques no 8 de Janeiro. Enquanto, para ela, a invasão da Praça dos Três Poderes a fazia lembrar da invasão do Capitólio, Renato temia pela sua vida ao imaginar um possível golpe em um momento de pânico.

Naquele dia, Renato estava de plantão. Apesar de sua paixão pela reportagem, em um ano e meio que estava no Tempo, ele só havia ido para a rua uma vez: para cobrir o funeral da cantora Marília Mendonça, em Goiânia. Enquanto mexia nas redes sociais, viu que bolsonaristas invadiram o Congresso e já estavam dentro das dependências da Câmara e do Senado.

“Qualquer jornalista naquele dia de plantão em Brasília, independentemente se é de política ou não, deveria ir para a rua”, afirma. Com medo de ser visto pelas câmeras dos prédios públicos e confundido com um dos vândalos, Renato tentava se manter o mais neutro possível: de camisa azul e calça jeans. No entanto, no mar de verde e amarelo e camisas da Seleção Brasileira, o neutro chamava atenção.

“A gente viu que havia uma multidão, todo mundo com camisa verde e amarelo, camisa da Seleção. A gente viu ali que a gente estava chamando a atenção, que a gente estava destoando daquele grupo”, declara Renato.

A (falta de) ação da polícia

Para ele, o que mais chamava a sua atenção era a falta de barreiras da Polícia Militar na Catedral, um dos pontos turísticos de Brasília. Jornalista há 25 anos e tendo coberto todas as grandes manifestações do Distrito Federal – fossem elas de petistas, bolsonaristas, do MST, indígenas e estudantes –, Renato sabia que havia algo de errado.

“Eu mesmo estava de mochila, eu mesmo entrei com o que eu quis. Não tinha nada de errado, mas eu estava com a mochila. Nisso aí, eu vi muita gente entrando com mala, eu vi várias pessoas com mastro de bandeira, com pedaço de pau, com pedaços de material cilíndrico, com tudo. Ali, já era muito evidente que alguma coisa atípica estava acontecendo”.

Outro fator “atípico” notado pelo jornalista foi a falta de barreiras de contenção. Havia policiais militares nas duas pontas do Congresso, mas nenhum no meio.

Manifestantes em casa

Quando chegou, assim como Marina, a multidão já tinha conseguido subir na parte superior da cúpula do Congresso. Renato diz não saber de nada do que acontecia dali para trás. Naquele momento, ele não sabia se havia gente na Praça dos Três Poderes.

“Fui caminhando na direção da chapelaria e fui não encontrando policial. Pelo contrário, a primeira coisa que eu vi é que tinham acabado de jogar um carro da Polícia Administrativa dentro do espelho d’água. Aí eu me assustei. Já estava completamente fora de controle”, relata ele.

Ao ver a vidraça da chapelaria do Congresso toda quebrada e, mais uma vez, sem contenção, Renato decidiu entrar no prédio, sempre atento e gravando o que via. A cena foi, novamente, de espanto. Quando entrou, viu  bolsonaristas sentados no chão e nos sofás enquanto carregavam os seus celulares. Como se estivessem em casa.

Orações

Ao andar mais, o jornalista se deparou com um grupo de pessoas rezando para policiais legislativos estáticos. Eles estavam parados. Não faziam nada e também não impediam ninguém de nada.

Em direção ao Salão Verde, Renato se depara pela primeira vez com os policiais legislativos tentando impedir com que os bolsonaristas entrassem. Esses, começam a jogar os móveis desenhados nos policiais. Renato se sentia como um “estranho no ninho” com sua camisa de botões e sua calça jeans.

Naquela hora, a polícia começa a soltar bombas de gás e começa a passar mal, chegando a vomitar dentro do prédio do Congresso. Enquanto tentava se afastar da multidão, uma pessoa o puxou pelo colarinho. “Nessa hora, eu gelei”.

Cerca de 10 homens se juntaram ao seu redor, cobrando a sua “roupa de patriota”. Reviram a sua mochila e o celular. Enquanto estava em pânico, os homens diziam a ele que ele nunca sairia dali e tiravam fotos do seu rosto, aos gritos de “infiltrado”, no escuro, em meio a bombas e tiros de borracha.

Renato diz ter sentido um “metal cilíndrico” na sua cintura. O escuro não o permitiu visualizar se era ou não uma pistola. Na ocasião, ele implorava por sua vida e falava de sua filha pequena para os vândalos.

O infiltrado

Depois de conseguir se livrar do grupo, Renato começou a andar. Por onde passava no Congresso, ouvia gritos de “petista” e “infiltrado”. As fotos de seu rosto já estavam espalhadas nos grupos de redes sociais bolsonaristas.

Ao conseguir sair do Congresso, Renato pede ajuda a um grupo de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) perto do Itamaraty. Disseram não poder ajudar. Poucos dias depois, Renato viu que aqueles eram os mesmos militares que foram filmados tirando foto e rindo durante a invasão dos Prédios dos Três Poderes.

Em pânico e com medo de ser linchado, um homem ofereceu ajuda. “Eu posso te ajudar a sair daqui. Confia em mim?”, disse um técnico de informática na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Com medo, mas sem ter escolha, Renato aceitou.

Sem dormir

Ele conta que, ao chegar em casa e ver sua mulher, desabou. Renato já esteve na Coreia do Norte, cobriu o terremoto no Haiti e participou de todas as manifestações em Brasília, mas afirmou nunca ter tido tanto medo quanto teve no 8 de Janeiro.

“Eu fui para a Coreia do Norte. Eu era o único jornalista ocidental na época do teste da bomba nuclear, eu tive o passaporte tomado, fui ameaçado, poderia não ter voltado para o Brasil. Mas eu nunca tive tanto medo, eu nunca tive uma sensação tão ruim quanto eu tive nesse 8 de Janeiro”, declara.

Segundo o jornalista, ele chegou no seu apartamento no Sudoeste sem saber que os bolsonaristas tinham tomado o Supremo e o Planalto. Quando ligou a televisão na Globonews e viu todos os prédios invadidos, ele entrou novamente em desespero e pensou: “O golpe vai vingar. E, em algum momento, nós, jornalistas, vamos ser buscados em casa”.

Morando perto do Quartel-General do Exército, Renato olhou pela janela e viu um blindado nas ruas, em um misto de pânico e desespero. Naquele dia, tomou tantos remédios para se acalmar, que apagou. No entanto, acordou às 4h da manhã e não conseguiu mais dormir.

O que fica

Depois do 8 de Janeiro, a Abraji, em parceria com outras entidades que representam a classe, criaram um grupo de apoio e representatividade para cobrar do governo do Distrito Federal e do governo federal para que os jornalistas tivessem um modo de registrar os boletins de ocorrência sem serem expostos.

De acordo com Renato, estava “muito claro” para ele de que lado a polícia estava no dia dos atos, o que só o deixou com menos vontade de ir até uma delegacia.

Nas semanas seguintes, o jornalista teve de tomar remédios para conseguir dormir, mas ainda assim, ficava assustado só de assistir o noticiário. “Toda vez dá gatilho. Voltar para o Congresso não foi fácil”. Até hoje, Renato diz conviver com o medo daqueles que o filmaram e o fotografaram dentro do Congresso.

Marina também teve dificuldade, nas semanas seguintes ao 8 de Janeiro, para dormir. O corpo dolorido nos dias que se passaram e a cicatriz no pé mesmo depois de quatro meses a fazem lembrar de quando foi derrubada e chutada por bolsonaristas em frente ao Ministério da Defesa. “Está marcado para sempre”, afirma.

Medo

Apesar de ambos terem recebido apoio dos veículos, o sentimento de medo foi algo comum nos dois casos e, muito possivelmente, no caso dos outros 14 jornalistas agredidos naquele dia.

Depois do 8 de Janeiro, com a ameaça de uma possível nova invasão, Marina se antecipou ao Washington Post e já disse que não iria. Desde então, não se deparou com nenhuma situação semelhante, não sabendo me dizer como reagiria. Apesar do medo, a jornalista não se sentiu impedida de trabalhar. “Eu cheguei desses ataques e escrevi um texto. Talvez eu já estivesse ali em um modo de trauma já ligado. Mas é preciso mostrar para todo mundo o que essas pessoas são capazes de fazer”.

“Eu já me tratei uma vez, muito tempo atrás, com psicólogo, psiquiatra. À época, ela me disse: ‘Vocês, jornalistas que trabalham com política, é o mesmo que um médico que trabalha na emergência do hospital”, recorda Renato. Assim como Marina, apesar de não ter trabalhado na segunda-feira seguinte ao 8 de Janeiro, na terça, ele já estava de volta à redação.

O que esperar

De acordo com a presidente da Fenaj, Samira de Castro, nos últimos quatro anos, foi vista uma “institucionalização” da violência contra os profissionais da imprensa. Ela afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro proferia discursos estigmatizantes contra a atividade profissional do jornalista com o principal objetivo de descredibilizar o trabalho da classe, fazendo assim, sobressair a sua narrativa.

“Os nossos relatórios mostram muito claramente que Bolsonaro foi o principal agressor de jornalistas nos últimos quatro anos e, através da institucionalização dessa violência pelo seu governo, as pessoas passaram a atacar jornalistas”, explica Samira, que acrescenta que essas pessoas são “pessoas comuns”, apoiadoras do ex-presidente.

Polarização

A presidente da instituição conta que a polarização política também foi um fator para o aumento da violência contra jornalistas, no entanto, é devido à tática da extrema direita para tentar se manter no poder que as coisas saíram do controle. Ela afirma que, para tentar se manter no controle da realidade factual, esse grupo age com discursos de ódio e desinformação em massa, ou seja, atentando contra o caráter da informação de interesse público, considerada a essência do trabalho jornalístico.

“Todo o ataque a um jornalista que tem por objetivo impedir a circulação da informação jornalística é um atentado à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão. Quando você tenta cercear o trabalho de um jornalista, seja por meio de ameaça, intimidação, hostilização, agressão verbal, agressão física, censura, censura judicial, inclusive, chegando à violência letal, que é o assassinato de um profissional, o objetivo disso é muito claro, é fazer com que as pessoas não tenham acesso à informação de interesse público”, diz Samira.

Nesse momento e ambiente de polarização política, ela aponta que o necessário para a classe é a reconstrução das entidades e das instituições democráticas. “Nós precisamos de um discurso que valorize o jornalismo a partir do Poder Executivo central”.

Ranking de liberdade de imprensa

Para Samira, o Brasil ainda levará um tempo para superar o ambiente de hostilidade com o trabalho dos jornalistas. Apesar de Bolsonaro ter saído do poder, o bolsonarismo no Brasil continua.

Em maio, a ONG Repórteres sem Fronteiras apresentou um estudo que mostra o Brasil na posição 92 no ranking de liberdade de imprensa. Até o ano passado, o País estava na 110ª colocação. 

Segundo o jornalista Artur Romeu, chefe do escritório da ONG para a América Latina, o fato da saída de Bolsonaro do poder gerou uma onda de otimismo entre profissionais e pesquisadores do setor da comunicação. No entanto, ele argumenta que é necessário que os poderes instituídos tragam demonstrações da efetividade de medidas em prol da democracia. O governo brasileiro implementou, via Ministério da Justiça, um observatório de violência contra comunicadores, que pode se transformar em um canal efetivo contra a impunidade.

Por Anna Júlia Lopes

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.

Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.

Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.

SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.

A Agência de Notícias é um projeto de extensão do curso de Jornalismo com atuação diária de estudantes no desenvolvimento de textos, fotografias, áudio e vídeos com a supervisão de professores dos cursos de comunicação

plugins premium WordPress