Câncer de próstata é uma das doenças que mais mata: novembro azul conscientiza homens a salvar vidas

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Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília.

Depois do mês dedicado a conscientização sobre o câncer de mama, surge o Novembro Azul. A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata que está entre as doenças mais agressivas que afetam os homens. É o segundo câncer que mais atinge essa parcela da população, ficando atrás do câncer de pele. “Mas é o tumor mais comum e a segunda maior causa de óbito oncológico no sexo masculino”, explica o médico urologista Tiago Serra David.

De 2016 até agora houve 61,2 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).  O índice destaca a necessidade de os homens se conscientizarem a fazer o exame. É o caso do militar da reserva Wilson Netto de Oliveira, 64 anos. Para ele, as pessoas que têm preconceito estão ultrapassadas. “É um preconceito antigo, um orgulho do homem, algo que não deveria ocorrer. Se a gente negligencia, pode ocorrer algo pior”, destacou. No entanto, ele acredita que a resistência ainda existe.

A porta de entrada para os cuidados com a saúde do homem ocorre por meio das Unidades Públicas Básicas de Saúde. O paciente primeiro é atendido pelo clínico geral que dá o encaminhamento para a consulta com o urologista. É o que explica a Secretaria de Saúde do DF.

Segundo orientações da Sociedade Brasileira de Urologia, paciente com maior risco (com histórico de parentes de primeiro grau com a doença ou pacientes de pele negra) devem procurar o especialista a partir dos 45 anos. Já os demais pacientes devem buscar a avaliação aos 50 anos de idade.

Resistência

Apesar dos altos índices de casos referente a doença, o receio de homens em realizar o exame ainda existe. É o caso caso do empresário David Jordão Corte, 32 anos, que nunca fez nenhuma prevenção. “ Particularmente, não realizaria o exame. O que os meus amigos e familiares, por exemplo, iriam achar? Sei que brincadeiras iriam surgir. Não que eu tenha preconceito, mas hoje tudo vira motivo de piada”, contou.  

Para o médico Tiago Serra, o preconceito com o exame é uma questão cultural. “Há ainda, nos dias de hoje, um enorme receio dos homens em fazer a consulta. Porém, a população precisa entender a importância do exame que salva vidas, é rápido e indolor”, destacou.

 

Por Willian Netto

Sob supervisão de Isa Stacciarini

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