Filmes de PE se destacam no festival

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“A gente precisa criar mecanismos para que a população comece a descobrir os outros cinemas que existem  no Brasil e que não são ligados a indústria de entretenimento”, é assim que o diretor e roteirista do filme pernambucano Brasil S/A, Marcelo Pedroso, caracteriza o público audiovisual do país. Para ele, grande parte das pessoas ainda espera ver filmes com narrativas como a das novelas, mas que o audiovisual do país está crescendo muito em produções diferenciadas.: “Nosso cinema é muito mais do que isso”.

Já conhecido por outros longas metragens como KFZ-1348 e Pacific, Marcelo coloca em prática a ideia de Brasil S/A, que surgiu há cinco anos. No longa, ele  tenta associar as transformações sociais queo Brasil passou na época com o imaginário do futuro.  “Eu sinto que a gente tem uma vocação meio messiânica no Brasil, que a gente sempre vai ser o país do futuro, o país que o gigante vai acordar, o pais que vai dar certo”.

A dupla de diretores Tião e Nara Nornande que abriu as portas para o segundo dia com o curta já premiado no Festival de Cannes,e também pernambucano, Sem Coração. O filme traz uma narrativa poética e ficcional de um garoto que se apaixona por uma menina que usa marca passo.  Por ter muitas cenas no mar, Tião diz que a maior dificuldade foi conseguir lidar com a natureza na produção. “Importava muito qual ia ser a maré, qual é a lua que tava, se a gente fosse na lua errada, ela nunca ia ficar daquele jeito, então a gente teve que adaptar essas coisas da natureza ao nosso cronograma”, conta.

Mas foi a brasiliense Luísa Caetano quem  recebeu as palmas mais fortes do dia. Crônicas de Uma Cidade Inventada traz uma mistura de documentário com ficção e conta um pouco da vida de brasilienses com um toque de imaginação.  Luísa atribui o sucesso do filme ao fato de Brasília ser a própria protagonista do curta, e o cenário ser em lugares cotidianos das pessoas, assim estabelece uma identificação do público com a história.  “É um desafio filmar nesses lugares. Mas a graça da coisa é essa: filmar em lugares cheios de obstáculos e desafios”, completa.

Apesar de a combinação entre ficção e documentário ser a grande característica e diferença do filme em relação aos outros, Luiz Oliviéri também falou sobre as dificuldades da prós produção: “Colocar uma música era difícil porque a sonoplastia não podia ser tão real e nem tão ficção por causa da mistura do filme”.

O sucesso do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro continuou no segundo dia,18, e  teve seus ingressos esgotados meia hora antes de abrir as portas para as sessões de filmes.

Confira as entrevistas:

Por Deborah Fortuna. 

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