Os próximos eventos esportivos colocarão os veículos de comunicação sob o desafio da melhor utilização das mídias sociais em meio à verdadeira revolução por qual passa os meios em todo o mundo. O jornalista Thom Loverro, conceituado colunista da ESPN em Washington (EUA) e autor de 11 livros sobre o mundo dos esportes, chama a atenção para o fato de que os profissionais não devem se perder na utilização das mídias alternativas.
Veja entrevista com o jornalista
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Para ele, é preciso ter atenção no uso das mídias para que não se perca o papel fundamental do jornalismo, informar. “Há uma linha que divide o jornalismo nas redes sociais da atuação do jornalista enquanto pessoa nessas redes, mas essa é uma linha muito borrada e indefinida”, pontuou. Ele foi um dos palestrantes do Seminário Internacional de Jornalismo Esportivo, Sociedade e Indústria, realizado em Brasília, nos dias 7 e 8 de maio.
Loverro, que tem 36 anos de jornalismo, atribui às mídias alternativa a mudança mais importante da profissão e que os planejadores dos veículos devem incluir em todas as coberturas. “Mídias Sociais são uma realidade da vida contemporânea e o jornalista não pode nem deve ficar a quem disso”, afirmou.
“Sou um dinossauro, mas me adaptei” – Para o jornalista, entretanto, falar de mídias sociais torna-se complicado porque é tudo muito recente. Ele não arrisca previsões para o futuro desses meios, nem mesmo o modelo que deve ser seguido durante os próximos eventos esportivos no Brasil. “As pessoas me perguntam o que as mídias sociais serão em 2016 e eu nem tenho como dizer porque nem se pode definir isso agora”, disse.
Segundo Loverro, as mídias sociais são uma oportunidade de elevar o perfil do jornalista fazendo com que mais pessoas leiam seus conteúdos, por isso, não faz sentido que repórteres, mesmo os antigos, tenham resistência a elas. “Eu sou um dinossauro, mas me adaptei”, declarou. Mas, para ele, esse poder de ampliar as coisas também pode ser um problema uma vez que um tópico pequeno, às vezes de uma coisa local, toma proporções nacionais só porque foi postado em redes sociais. “E qualquer um pode postar na internet”, explica.
Na opinião do repórter, apesar de este ser um meio cheio de desafios por ser mais rápido, mais dinâmico, e exigir que o jornalista lide com muito mais informação, é também mais recompensador. “Quanto mais pessoas leem, quanto mais o conteúdo é espalhado, mais recompensado o jornalista se sente”.
Por Sthael Samara – estudante da pós-graduação em jornalismo esportivo, repórter da Agência de Notícias UniCEUB