Com incêndio, 22 famílias ficam desabrigadas

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Vinte e duas famílias da cidade Estrutural passaram a morar na casa de parentes ou de amigos após as casas pegarem fogo no domingo (25). Os desabrigados criticam a falta de assistência por parte do governo local.

Morador do local há um ano, Delsimar da Silva, conta não ter conseguido salvar seu cachorro, mas Samuel, seu filho de três anos, não sofreu nada. “Infelizmente meu cachorro não sobreviveu. Graças a deus, não morreu meu filho, ninguém da família”. Com 13 filhos, Ireide dos Santos também moradora da região, realça ter saído ilesa do local a tempo. “Felizmente todos nós conseguimos salvar nossas vidas, mesmo nenhum móvel ter sido retirado das casas”.

Para o pastor Melquizedeque da Silva, da Assembléia de Deus, a vizinhança tem se solidarizado. “Independente de órgãos governamentais, as pessoas têm ajudado bastante, fornecendo alimentos e roupas. Desde domingo, levantamos uma equipe que tem só aumentado. Muitos moradores da Estrutural tem ajudado e alguns moradores de fora tem doado diversos objetos”. O pastor diz não faltar comida aos desabrigados, mas será preciso dar o mínimo de dignidade aos desabrigados. “Nós estamos contribuindo com as três refeições por dia, mas estamos arrecadando imóveis, colchões e outras necessidades para reconstruir suas casas”.

Doações

A assessoria de comunicação da região administrativa da Estrutural garante que tem recolhido alimentos para serem doados aos moradores. “Temos um ponto de coleta com o intuito de receber mantimentos para ajudar as vítimas do incêndio”. Após dois dias do ocorrido, os mantimentos ainda não foram entregues. “No primeiro momento, os mantimentos ainda não eram prioridade”, explica a assessoria.

Segundo o GDF, as moradias só podem ser reconstruídas pelos moradores e entidades não vinculadas ao governo. “Não podemos dar auxílio com relação a moradia. Por ser ilegal, o governo não pode reconstruir a estrutura”. Descrente com o governo, a moradora da Ceilândia que tem levado tábuas de madeira para a reconstrução das casas, Daniele Fagundes, questiona a atitude dos governantes. “Já sabemos que o governo não vai ajudar, com eles nunca podemos contar. Se fosse um filho de senador ou deputado eles já teriam resolvido”.

Por: Lucas Valença

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