“A gente deixou aquela quadra de lado depois do acidente”, diz o estudante Arthur Ferreira, de 19 anos. “Minha mãe não deixa de jeito nenhum eu jogar lá depois do que aconteceu”, garante Samuel Silva, de 17. “Moro do lado da quadra, mas preferimos procurar uma mais distante”, lamenta Fernando Macedo, de 18 anos.
A quadra poliesportiva, na EQNM 38/40, em Taguatinga, em que o estudante Gustavo Nogueira, de 18 anos, morreu eletrocutado na grade, está há quatro meses às moscas desde a tragédia. O lugar não oferece mais riscos, segundo a Companhia Energética de Brasília (CE), visto que a iluminação do local teve todo o cabeamento elétrico trocado. O local carece de iluminação, o piso está rachado e as grades, quebradas.
O acidente ocorreu no dia 11 de junho, quando o rapaz jogava futsal com os amigos quando tocou na cerca metálica do local e morreu eletrocutado. O estudante alega que ninguém quer pisar mais no local. “Mesmo não tendo mais riscos, não há mais clima para jogar bola lá”, explica Gustavo Costa, de 18 anos.
Segundo a CEB, os procedimentos foram tomados para acabar com os riscos que outra tragédia semelhante ocorresse. “Após a liberação da quadra, os postes foram relocados e todo o cabeamento da praça foi substituído”.A respeito do apoio à família da vítima, a CEB custeou as despesas com o enterro do rapaz. “Atendendo decisão liminar da justiça, (a empresa) disponibilizou acompanhamento psicológico e psiquiátrico” aos familiares.
Por João Victor Rodrigues (texto e foto)