Contra violência e sociedade machista, marcha das vadias reúne 1500 pessoas em Brasília

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A segunda edição do movimento feminista conhecido por “Marcha das Vadias” reuniu cerca de 1500 pessoas na tarde deste sábado, dia 26, em Brasília. Reunidas na região central da cidade, mulheres de todas as idades pintaram cartazes e entoaram gritos de guerra contra o machismo. Elas caminharam entre o Setor de Diversões Sul e o Museu da República, e reivindicaram respeito e liberdade.

Uma das líderes do movimento, Júlia Zamboni, disse à agência de notícias UniCEUB que a sociedade é machista e precisa ser sensibilizada, principalmente, quanto à violência contra a mulher. “Querem culpar as mulheres pelos estupros que elas sofrem, em vez de culpar os homens pelos atos criminosos que praticam”.

Presente à marcha, Edineide Carneiro de Albuquerque, 42 anos, é ativista do MNCP (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas) e disse que foi lá contribuir com a presença e a voz, para reivindicar os direitos sobre o próprio corpo. “Nosso corpo é nosso território. A mulher sofre tanto com a agressão física quanto a agressão verbal. Isso tem acabar!”, reclamou.

Participação e envolvimento são as primeiras formas de se fazer política. É o que acredita a professora de psicologia, Tatiana Lionço, de 35 anos, que esteve no ato. “A marcha de rua é uma das formas mais básicas, mas não menos importante, porque é a mais democrática, a que o povo pode realmente estar presente”.  

Bem-vindos

A marcha das vadias contou também com homens. Eles ajudaram na confecção dos cartazes e participaram juntos das batucadas e cantos contra o machismo. Profissional liberal, Élder Pacheco, de 55 anos, afirmou que estava lá pela filha, Domitila de Paulo, que não pode estar presente.

Ele disse que foi contribuir fisicamente, fazer número e conversar com companheiros, viver a diversidade. O jornalista Flávio Brebis, de 40 anos, elogiou a iniciativa vinda da sociedade. “Os movimentos assim são mais legítimos, dão visibilidade, dão voz às mulheres. É assim que tem que ser. Deixem que elas falem por elas mesmas”.

Por Sérgio Bertoldi (texto) e Camila Schreiber (fotos).

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