Delegadas dizem que intuição e muito trabalho fazem diferença na profissão

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A delegada de Polícia Civil, Renata Malafaia Viana garante que usar características femininas pode ajudar na profissão. Ela, que atuou no caso da quadra 113 Sul em 2009 e apurou caso de extorsão por policiais no DF no ano passado, conta que o “sexto sentido” ajuda na hora da investigação e que nesse ponto as mulheres têm vantagem. “Os homens só emitem opinião quando têm dados concretos para provar, as mulheres se arriscam mais”. Renata está na profissão há 8 anos e afirma que existe muita resistência por parte dos colegas de trabalho do sexo masculino.

Renata conta que as mulheres atuam na Polícia Civil há 20 anos, mas que ainda encontram dificuldade para alcançarem a credibilidade que merecem. Com a equipe formada predominantemente por homens ela percebe que, principalmente no início eles demonstram resistência a terem mulheres no comando. “Quando comecei a carreira, eles não aceitavam minhas ordens. Queriam me testar para ver até aonde ia o meu limite”.

Esforço

Já a delegada Tatiane Almeida, da Polícia Federal, afirma que o preconceito é velado, o que, para ela, o torna mais perigoso. Nem sempre é possível de se perceber o que torna a situação mais difícil para que a mulher se imponha e se defenda. “Às vezes quando estou em uma reunião, falo alguma coisa e não me escutam, mas quando um homem repete apenas com outras palavras todos consideram a ideia boa”.

DIFERENÇAS

As delegadas aprenderam algumas formas de obter reconhecimento. Para Renata, a mulher tem que encontrar um meio-termo. Não tentar ser homem e se tornar histérica por ter que gritar, e ao mesmo tempo não deixar aflorar tanto o lado maternal. Além disso, para ela, a mulher na investigação pode cativar o suspeito para obter informações. Para Tatiane, o importante é que os homens se conscientizem que mulheres têm a mesma capacidade de atuação. “As mulheres têm que trabalhar muito mais que os homens para mostrar que têm valor. Não sou feminista a ponto de dizer que sou melhor, quero apenas igualdade”. Tatiane critica, por exemplo, o excesso de rigor na seleção das mulheres, em relação à prova física.

 Por Marina Corrêa – Agência de Notícias UniCEUB

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