A taxa de mortalidade por acidentes de transporte no Distrito Federal diminuiu, segundo o último levantamento do Instituto Sangari. Em 2011 eram 644 óbitos e no ano seguinte caiu para 555. Os dados são da prévia do mapa da violência 2014. Os jovens do Brasil. Lançado recentemente, o estudo divulga as bases de dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde do ano de 2012.
O cientista político e sociólogo Antônio Flávio Testa acredita que as campanhas educativas e principalmente a ‘lei seca’ foram o motivo para o declínio dos números. Entretanto, diz que o impacto dessa queda não é relevante, já que o índice de mortes ainda continua alto. “Do ponto de vista social continua sendo uma tragédia”, afirma.
O estudo também apresenta os dados de homicídios, que em 2012 foram registradas 1031 mortes contra 977 do ano anterior. De acordo com Testa, esta realidade está ligada aos problemas de tráfico de drogas e a carência de políticas direcionadas a juventude e planejamento familiar. “Esse é um dos problemas mais sérios que o DF enfrenta e de difícil solução”, analisa.
O índice de suicídio também sofreu um agravante. Subiu de 113, em 2011, para 142, em 2012. O sociólogo atenta ao fato de ser a primeira vez que o registro de suicídios entra no mapa, pois até então o registro era apresentado nos estudos como causa de morte. Ele alega que há poucas pesquisas sobre o assunto. “Nós não temos dados que induz a pessoa ao suicídio”, explica.
O estudo entende como mortalidade violenta os óbitos em acidentes de transporte, os homicídios e os suicídios, tabulados pelo Sistema de Informação, do Sistema de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Os dados de população utilizados para o cálculo das taxas foram obtidos das estimativas do Datasus do ministério.
Por Elisa Whately e Karla Pereira
