O professor é integrante da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade; ele alega que ainda há muito resquício do período militar
O professor de História da Universidade de Brasília Daniel Faria acredita que ainda há resquícios da tortura no país. De acordo com o pesquisador, é mais comum o medo do que a confiar nas pessoas responsáveis pela segurança. O docente também alegou que a maior perda é o fato de as pessoas torturadas terem ficado traumatizadas.
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O professor também criticou os pedidos de intervenção militar em protestos. Segundo Faria, essas manifestações podem ser vistas como uma tentativa de golpe. Ele também alegou que o um governo ditatorial não é o que o país necessita. “A história do Brasil já mostra, e o século 20 mostra muito bem que essa não é a alternativa.”
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O professor era integrante da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade – criada em 2012 – e afirmou que a maior dificuldade é achar documentos referentes ao período militar. Segundo o pesquisador, não é o hábito da Marinha e da Polícia Militar disponibilizar arquivos que mostrem torturas e torturados. O professor acrescentou que ainda há dificuldade em achar pessoas dispostas a depor sobre os crimes no período militar.
Por Jade Abreu
Entrevista: Jade Abreu
Imagem: Cleiton Mota