As mulheres de 40 a 59 anos estão mais engajadas no mercado de trabalho do Distrito Federal, o número cresceu em relação ao ano de 1998 e 2012. Estelita Alves de Jesus se enquadra nesse perfil, ela tem 50 anos e acredita que ultimamente as mulheres da sua geração estão mais ativas. “Eu, por exemplo, não penso em parar de trabalhar tão cedo porque ocupamos nosso tempo com aprendizado”, afirma a secretária.
Essa realidade ressalta a pesquisa realizada pela Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em que mostra que a participação das mulheres de 40 a 49 anos correspondia a 65,4% em 1998 e subiu para 74,2% em 2012 e a faixa etária de 50 a 59 anos, em 1998 representava 37,4% e em 2012 cresceu para 53,4%.
Apesar dos índices favoráveis à mulher no mercado, elas ainda passam por alguns obstáculos. Para Gisele Ramos, 47 anos e professora de comunicação, as obrigações das mulheres com os filhos influenciam ao conseguir um emprego. Segundo ela, as empresas ainda têm uma certa resistência porque normalmente são mulheres que têm dupla jornada, ou que são responsáveis pelos filhos e eventualmente terão que faltar para cuidar deles. “Se vão contratar uma mulher eles sabem que ela terá TPM, que terá alguns problemas na família e é preciso ter condições na empresa para lidar com isso”. Ela acrescenta também que hoje existem políticas específicas para as mulheres e as empresas já se preparam para essa situação pois é um fator social.
Gisele conta que agora as empresas estão retomando a busca de profissionais experientes, visto que descobriram que não adianta só ter gás como o jovem, mas é preciso ter experiência também. Contudo, a secretária Estelita Alves acredita que a idade cria barreiras na procura de um trabalho. “Se eu sair hoje para conseguir um novo emprego é mais difícil”. De acordo com ela, uma das principais dificuldade existentes ao retornar é de se adaptar ao mundo digital e as novidades que surgem a cada dia.
Por Regina Flávia de Arruda