Ex-judoca mantém projeto social em periferias com 400 estudantes

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Judoca José Mario Tranquilini
Judoca José Mario Tranquilini (Foto: Regina Sousa)

Barracão, tatame e lanchinho na hora certa têm modificado trajetórias de meninos e meninas em situação de vulnerabilidade. O ex-judoca José Mario Tranquilini completou 13 anos com um projeto social, que, segundo garante, tem tirado jovens do crime. Hoje são 400 jovens (de diferentes faixas etárias) atendidos em São Sebastião, Santa Maria e no Paranoá. O atleta consagrado, campeão panamericano e novo professor adiantou que foi convidado a dar aula nos Estados Unidos. “Mas o projeto não acaba de forma alguma. Se eu for embora, outros professores continuarão o trabalho”.

Tranquillini defendeu, em entrevista coletiva com alunos de pós-graduação em jornalismo esportivo, a atuação de Aurélio Miguel como vereador em São Paulo. Saiba mais

Com apoio de patrocinadores e entidades, Tranquilini conta que tem um gasto de R$ 100 por aluno. “Para cuidar de cada jovem infrator, os cofres públicos são onerados em R$ 15 mil cada um”, compara.   O ex-judoca tem orgulho sobre as vidas que pode mudar, com alunos que se tornaram profissionais e atletas reconhecidos, e retiraram pessoas da criminalidade, um “caminho mais tentador”. Mas mesmo com vários casos de sucesso, o ex-lutador também conta sobre alguns episódios que o marcaram por não terem atingido o objetivo do projeto.

Assista entrevista

Tranquilini é um dos muitos exemplos de pessoas que tentam mudar a realidade de comunidades carentes, mas sofrem com a falta de apoio de órgãos governamentais. Depois de passar a carreira lutando em tatames pelo mundo todo, Tranquilini agora trava batalhas mais difíceis: contra a indiferença dos governantes e a tentativa de conquistar novos parceiros para manter o projeto. “Nessa época, vários políticos buscam aparecer do nosso lado, mas poucos cumprem a palavra. Esperamos que a Secretaria de Esportes local nos ajude”

Por trás dessa luta, há inspirações como a de Thiaguinho, lutador que que teve infância ameaçada por violência e desestrutura familiar. Hoje, é professor do projeto. Conquistas que, para Tranquilini, são mais importantes que muitas medalhas.

Por João Moretti – Pós-Graduação em Jornalismo Esportivo

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