Faltam sete tipos de vacinas para o DF

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Brasília se encontra com falta de estoques de sete vacinas, pelo menos, até o fim do mês de fevereiro. Dentre elas, estão vacinas para recém-nascidos, para grávidas e para a raiva. O Ministério da Saúde afirmou em nota que a razão para a ausência é uma indisponibilidade tanto nacional quanto internacional dos medicamentos.

As vacinas em falta são para Hepatite A e B, três variações que previnem contra difteria, tétano e coqueluche para adultos, para gestantes e crianças, a específica contra o tétano e o soro antirrábico. A de Hepatite B é recomendada para recém-nascidos, assim como a dTpa para um período específico de gravidez e a antirrábica é emergencial em casos de contatos com animais com raiva. Não tomar o soro pode resultar na morte do paciente.

Na nota, o Ministério ressaltou que os atrasos são pontuais e que orienta os gestores locais a agendar as aplicações das vacinas. Também informou que em janeiro, enviou para o Distrito Federal 360 doses do soro antirrábico e que já liberou 3,9 mil doses para serem enviadas aos estados.

Para a Hepatite B, o cronograma de entrega do instituto Butantã prevê 17 milhões de doses da vacina até o final de fevereiro. A vacina DTP, para difteria, tétano e coqueluche, passa por processo de substituição pela pentavalente, que também age contra o Influenza tipo B e Hepatite B.

GRAVIDEZ

A administradora do Centro de Saúde de Brasília número 11, que fica na Asa Norte, Deuzélia de Holanda, disse que a orientação recebida pelo centro é de orientar aos casos de urgência procurar a Unidade de Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), que fornecem outros tipos de vacinas para casos especiais. A orientação vai para as vacinas dTpa, que precisa ser aplicada em um período específico da gravidez, e antirrábica, que deve ser aplicada em tempo limite após contato com animal raivoso.

Camila Boaventura, servidora pública de 33 anos, se preocupa com as duas filhas, Isis, de dois meses, e Alice, de quatro anos de idade. Levou a mais nova para tomas as vacinas de dois meses, que não estão em falta. Encontrou várias mães e pais que recebem orientações confusas. Vão de um hospital para o outro e nenhum tem a vacinas. Por sorte, a mais nova está em uma fase para a qual não faltam as imunizações. Mas a mais velha precisará da dTpa infantil no próximo mês. Camila se indignou com a possibilidade de ter que ir até um hospital particular para pagar por uma prevenção importante para a filha: “gera uma ansiedade de não saber o que vai acontecer e uma revolta”.

doenças

Por: Vinícius Brandão

Arte: Camila Campos

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