Com tempo indeterminado para acabar, greve dos metroviários continua a provocar caos e já dura mais de vinte dias. Para Gustavo José, estudante que usa o transporte todos os dias saindo de Taguatinga para o Plano Piloto, a paralisação prejudicou seus horários “Tive que esperar quatro trens passarem para embarcar, e isso me atrasou. Era nítido a superlotação e o tanto de pessoas que deixavam de embarcar por causa disso”, conta. “O metrô que acaba sendo a melhor saída por ser um meio de transporte que garante que as pessoas cheguem das satélites para o plano num tempo regular, acaba não sofrendo com engarrafamento, mas teve o problema da superlotação”, completa.
Além dele, outras pessoas foram prejudicadas, como Neuza, moradora de Ceilândia, que pega o trem para ir trabalhar no Guará. “O pessoal tinha falado que tinha pegado fogo o primeiro trem, o segundo eu também não consegui pegar, o terceiro disseram que não ia vir mais. E eu não consegui ir trabalhar”, relata.
Sindicato dos metroviários fala sobre a greve. Para Luciano Costa, diretor do sindicato dos metroviários, a greve é autentica. “A principal é correção de distorções salariais que ocorreram desde 1998 até agora”, diz. Além disso, de acordo com ele, a greve vem denunciando as práticas antissindicais que o metrô tem feito”.
Trânsito ainda tem caos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, por causa da paralisação, os engarrafamentos de rotina estão com o dobro do tempo e também acontecem em locais que não são de costume; os ônibus enfrentam superlotação;
Manifestação na BR 040. Passageiros se revoltaram pelo transporte não suprir a demanda de pessoas.
Sem novas negociações com o GDF. Greve ainda continua por tempo indeterminado.
Por Deborah Fortuna