O procurador de defesa do Meio Ambiente Roberto Carlos Batista afirmou que quem mais perde com o adiamento da desocupação da orla do lago é a própria população, que não pode acessar as margens. Faz 40 dias que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu adiar a desocupação da orla do Lago Paranoá.
Assista na íntegra a entrevista:
Para o procurador, em primeiro lugar, a importância dessa desobstrução é devolver à população do Distrito Federal o livre acesso a áreas públicas, que não pertencem aos particulares que as cercaram. “Em segundo, existe um aspecto ambiental e urbanístico. Há uma população de animais que se reproduzem naquele espaço e um descontrole das edificações”.
A declaração foi feita nessa terça-feira durante palestra do procurador na TEIAS, evento multidisciplinar promovido pelo UniCEUB.
Segundo o Governo do Distrito Federal, a decisão do TJDFT acata ação movida pela Associação dos Amigos do Lago Paranoá. No recurso à Justiça, a entidade argumentou que os proprietários dos imóveis a serem atingidos pela remoção das construções devem ter garantido o direito de se manifestar em relação ao acordo assinado, em 12 de março, entre o governo e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Por Júlia Campos