Movimentos Sociais se enfrentam na Câmara

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Nessa quarta-feira (06), manifestantes à favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se reuniram em frente às comissões na Câmara dos Deputados, e trocaram acusações. O termo “golpe”, atribuído ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por parlamentares e militantes contrários ao encaminhamento feito pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, continua a gerar desavenças no Congresso Nacional. Integrantes de movimentos sociais, contrários e favoráveis à cassação da presidente, passaram a acompanhar e cobrar posicionamento dos deputados.

A presidente nacional da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Camila Lanes, afirma ver o afastamento da presidente Dilma Rousseff como um “golpe”, mesmo que o processo esteja na Constituição. “Se as pedaladas fiscais forem motivo de impeachment, então teremos de tirar 18 governadores juntos”.

Para a líder estudantil, a permanência do presidente da Câmara no processo ameaça a democracia. “Não basta vir aqui votar o projeto de impeachment quando o Eduardo Cunha preside esse processo. A juventude quer democracia, quer avanço e não essa ‘palhaçada’ que está atrasando as políticas que poderiam ser aprovadas pelo nosso Congresso Nacional”.

O integrante do Movimento Brasil Livre Alexandre Paiva defende a saída da presidente Dilma. “Nós vinhemos acompanhar a comissão do impeachment e quando chegamos nos deparamos com os defensores do governo federal, então começamos a defesa favorável ao impeachment”. O militante afirma ser essencial tirar o governo do Partido dos Trabalhadores do poder. “Está na hora de moralizar a política brasileira”.

Para o deputado Waldenor Pereira (PT/BA) o processo de impeachment é um processo “golpista” pois não há crime de responsabilidade. “A Constituição Federal prevê o afastamento de presidentes, desde que haja crime de responsabilidade, e a presidente não tem esse crime”. Para ele, a população brasileira, não irá apoiar a cassação da presidente pelo fato de o processo ser presidido pelo deputado Eduardo Cunha. “Quem está conduzindo o impeachment é um presidente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e a população não aceitará essa iniciativa golpista”.

Segundo o deputado Domingos Sávio (PSDB/MG) é um desrespeito à democracia e ao cidadão brasileiro a denominação de “golpe” atribuída ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado também critica a demora da decisão pelo plenário, mas faz uma ressalva. “Qualquer adiamento da decisão do impeachment, faz mal ao Brasil. Mas não podemos nos precipitar, não se deve passar por cima do direito de defesa, deve-se cuidar para que todo o processo seja feito observando a constituição”.

Para o deputado Domingos Sávio, o governante não se torna dono do poder após ser eleito, pois tem de respeitar regras e faz uma crítica aos movimentos sociais. “Os nossos jovens tem de estudar e ver que, o que nós estamos querendo evitar no Brasil é a ditadura do populismo”.

Por: Lucas Valença

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