Bocão, Washington e Romarinho anotaram os gols. A torcida fez a sua parte na vitória do Brasiliense sobre o Brasília por três a zero. Houve festa para reinaugurar o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. E protestos também. Mas, de fato, o estádio, que custou aos cofres públicos R$ 1,5 bilhão, reabriu as portas com improvisos e parte da infraestrutura inacabada: banheiros, cabines e até equipamentos de leitura dos ingressos não funcionaram. O jogo foi um pré-teste (não aprovado) para outras partidas mais importantes, como Santos e Flamengo, no próximo dia 25 e Brasil e Japão, no dia 15 de junho.
Ao jogo: o lateral direito Bocão foi o grande destaque da partida do lado dos campeões. Sem marcação, fez da ala uma verdadeira avenida por onde passeou e fez como quis. Deve ter olheiro querendo saber agora mais desse jogador, uma promessa que entrou para a história fazendo o primeiro gol no estádio agora repaginado. “Me sinto honrado e muito feliz com esse momento em que ajudei a minha equipe chegar ao título”, disse depois do jogo. Antes, no primeiro tempo, o Brasiliense havia marcado o seu, mas teve o gol mal anulado pelo árbitro. O técnico Márcio Fernandes foi à loucura, invadiu o campo e acabou sendo expulso. O Brasília teve um gol justamente anulado.
No segundo tempo, disposto a não dar chance ao adversário e chegar ao oitavo título, o Brasiliense, com mais qualidade técnica e tática conseguiu marcar três vezes. O segundo foi de Washington, após boa troca de passes com Romarinho. E foi ele, o filho do craque Romário, que acabou marcando aos 47 do segundo tempo depois de falha da zaga. A torcida fez a festa apesar de não conseguir enxergar a cerimonial da Federação Brasiliense de Futebol que entregou o troféu ao campeão.
Depois da festa, a torcida teve que andar sem iluminação alguma do lado de fora do estádio. Somente as luzes dos carros da PM serviam para que os torcedores enxergassem o chão. Do lado de dentro, os refletores estão impecáveis.