Novembro Roxo: bancos de leite humano no DF têm queda nas doações

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O Novembro Roxo é considerado o Mês de Conscientização da Prematuridade. O objetivo da campanha desenvolvida pelo Governo do Distrito Federal (GDF) é alertar sobre a importância do aleitamento para os principais dependentes do leite materno: os prematuros. Mesmo diante da pandemia de COVID-19, a Secretaria de Saúde destaca a necessidade de aumentar os estoques do Banco de Leite Humano (BLH) para os bebês internados nas unidades neonatais.

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Além da importância das campanhas desenvolvidas para a área da saúde, a pediatra Carla Urrea, especialista em nutrologia pediátrica, explica os cuidados com os bebês nascidos prematuros. ”O nascimento prematuro é a principal causa de óbito em crianças. Além da adequada assistência pré-natal e neonatal, existem outras medidas fundamentais para a maior chance de recuperação e garantia de qualidade de vida a essas crianças”, destaca.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 12,4% dos nascidos vivos são prematuros, aproximadamente 300 mil nascidos – antes da 37ª semana de gestação – no Brasil. A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que a prematuridade é a principal causa de morte nos primeiros 5 anos de vida. Em 2019, o Brasil ocupou o 9º lugar no número de partos precoces.

Dados das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, até setembro, cerca de nove mil bebês receberam leite materno nas unidades neonatais, sendo a maioria prematuros ou abaixo do peso.

 

Leite fundamental

De acordo com a pediatra, o aleitamento materno nos primeiros anos é fundamental para o desenvolvimento físico do bebê após o parto.  ”No caso dos bebês prematuros, o leite materno é mais que importante. Ele pode ser a diferença fundamental para a redução das complicações pós-natais. Além de ser um alimento nutricionalmente completo, é rico em água e inúmeras outras substâncias, como fatores de proteção, enzimas, hormônios e vitaminas”, explica.

A pediatra Carla Urrea ainda destaca que é necessário as mães receberem orientações nas unidades neonatais para conseguirem extrair o próprio leite, pois em grande parte dos casos, o bebê prematuro não consegue coordenar de forma segura e efetiva a sucção, deglutição e respiração durante a amamentação.

Atendimento

Mãe de um menino, Amanda Cristina, 26 anos, contou com as orientações e suportes das equipes das unidades de BLH do Distrito Federal. Consciente da importância do leite materno, ela recorreu aos profissionais para que a amamentação não se tornasse algo difícil. ”Lá no banco de leite tive suporte nas horas que o leite empedrou no peito e dava a famosa mastite, eles tem todo um suporte para ajudar as mamães com isso”, relata.

No período em que fazia o acompanhamento, ela foi alertada da falta de leite que as unidades estavam enfrentando. ”As enfermeiras do setor falavam que as mães não doavam leite como antes. O leite recebido era guardado para crianças que não podiam tomar fórmulas ou para as que estavam na uti neonatal”, relembra.

Mesmo com residência na Ceilândia, Amanda fez o acompanhamento no Banco de Leite da L2 Sul e ia duas vezes por semana. Ela passou quase 1 mês recebendo o suporte por parte da equipe e lembra que foi muito bem atendida até o final do auxílio. ”Fomos muito bem tratados em todas as vezes que precisamos ir até o acompanhamento acabar. Precisei ir ao banco de leite para que me fosse ensinado a forma correta da pega da boca do bebê na mama”.

Leite humano está em escassez nos bancos de doação no Distrito Federal. Foto: Agência Brasília

Como doar leite humano

O Distrito Federal conta com uma média de 1,5 mil litros de leite coletados por mês. No entanto, as unidades de Banco de Leite do DF apontam redução preocupante nos estoques. Porém, as mães doadoras podem contar com diversas unidades e equipes de apoio do BLH para as doações.

A mãe interessada pode se cadastrar no Disque Saúde 160, pelo aplicativo disponível para Android e iOS ou pelo site Amamenta Brasília. Mas, a Secretária de Saúde, em parceria com o Corpo de Bombeiros, faz o recolhimento nas casas das doadoras. Confira alguns Bancos de Leite espalhados pelo DF:

 

HOSPITAL REGIONAL ASA NORTE – BLH HRAN

Telefone: 2017-1900, ramais 7102 ou 7103

Celular: (61) 99111-5241

E-mail: hranblh@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO – BLH HRS

Telefone: 2017-1204 

Celular: (61) 99175‐5765

E-mail: hrsblh@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE BRAZLÂNDIA – BLH HRBZ

Telefone: (61) 2017‐1302 

Celular: (61) 9280‐6120

E-mail: blhhrbz@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE CEILÂNDIA – BLH HRC

Telefone: (61) 2017-2000, ramal 3033

Celular: (61) 99135‐4938 

E-mail: blhhrc@gmail.com

 

HOSPITAL MATERNO INFANTIL – BLH HMIB

Telefone: (61) 2017‐1608

Celular: (61) 99168‐6696

E-mail: blhhras@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA – BLH HRT

Telefone: (61) 2017-1702

Celular: (61) 99132‐8846

E-mail: blhhrt@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA ‐ BLH HRG

Telefone: (61) 2017‐1842

Celular: (61) 99167‐2749

E-mail: nblhhrg@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE PLANALTINA – BLH HRP

Telefone: (61) 2017‐1369

Celular: (61) 99143‐5977

E-mail: bancodeleitehrp@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE PARANOÁ (REGIÃO LESTE) – BLH HRPA

Telefone: (61) 2017‐1579

Celular: (61) 99153‐5306

E-mail: blhhrpa@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DE SANTA MARIA – BLH HRSM

Telefone: (61) 4042‐7771

Celular: (61) 99260‐6702 

E-mail: blhhrsm@gmail.com

 

HOSPITAL REGIONAL DA SAMAMBAIA – PCLH HRSAM

Telefone: (61) 2017‐2202

Celular: (61) 99174‐5829

E-mail: pclhhrsamdf@gmail.com

 

HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS – BLH HFA

Telefone: (61) 3966-2250

 

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – BLH HUB

Telefone: (61) 2028-5391

 

POSTO COLETA DE SÃO SEBASTIÃO – PCLH SS

Telefone: (61) 2017‐1550, ramal 6591

Celular: (61) 99164‐3334

E-mail: pclhsaosebastiao@gmail.com

Por Ana Luíza Lima
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

 

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