“País precisa reconhecer erros”, diz consultor

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O consultor de gestão Vicente Falconi, um dos mais influentes do país, disse, em palestra para empresários em Brasília, que o país precisa, antes de tudo, reconhecer os erros para sair da crise.  “Determinar os problemas, criar metas e gerenciar os planos é fundamental para melhorar as áreas de saúde, segurança e educação para a mudança do país”, declarou na quinta (3).

. “O primeiro passo é reconhecer o erro. É preciso entender o que causa o problema. Depois precisa criar uma meta dentro deles, realizar um planejamento e uma gestão que checa os resultados das ações propostas”, comentou.

Falconi prestou consultoria para órgãos públicos nas três esferas do governo. A educação no Rio de Janeiro, a saúde em Alagoas e a segurança em Pernambuco foram exemplos de gestão citados. O método sugerido em suas consultorias, em geral, são baseados no PDCA (Plan Do Check Act).

Meritocracia

Falconi considera que a má-gestão no governo federal é causada pela falta de identificação dos reais problemas. Falconi explicou ser uma possibilidade.  “É comum os órgãos públicos terem gestores com egos inflados”. Ele também explicitou a necessidade do incentivo à meritocracia e ao sistema de bonificação. “Poucos são os governos que utilizam esse sistema, mas existem diversos exemplos que deram certo”.

Na área da saúde, analisa um caso em que direcionou os trabalhos de profissionais para que a circulação de pacientes nos hospitais fosse maior. “As pessoas que lotavam os corredores de Hospitais em Alagoa passaram a serem atendidos com maior eficácia e os quartos locais se tornaram sustentáveis, diminuindo a lotação”.

Segundo Falconi, os problemas na crise energética no governo Fernando Henrique eram causados pelos administradores públicos ao não conhecerem o “real problema”. “Eu e meus consultores fomos até as hidrelétricas e pedimos um levantamento de quanto seria necessário reservar para garantir que a crise não se agravasse. A resposta veio no dia seguinte e então houve investimento” lembra.

“O valor da meritocracia e da bonificação se sustenta até na visão da empregabilidade em setores públicos”, afirmou Falconi. Para ele o funcionalismo público não é negativo. “O problema não é uma segurança financeira falsa dos trabalhadores, mas uma falha na preparação e na gestão dos órgão perante seus funcionários”.  No entanto, o consultor elogiou a Policia Federal e o Ministério Público. Para ele, esses órgãos funcionam graças a uma cultura de preparação das equipes.

Por Lucas Valença e Vinícius Brandão

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