
Pessoas que vivem pelas ruas do Distrito Federal agora terão a chance de tomar um banho quente. Motivados pela vontade de ajudar o próximo e atuar em trabalhos voluntários, um grupo de bancários de Brasília decidiu se unir para iniciar o projeto Alma Lavada. A iniciativa oferece, além da chance de um banho quente, roupas limpas. Uma estimativa da secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest) aponta que cerca de 2,5 mil pessoas vivem nestas condições em todo o DF.
A ideia do projeto Alma Lavada começou novembro de 2016 e conta, hoje, com 15 coordenadores e mais de 50 voluntários. Após conseguir as licenças necessárias junto a órgãos públicos, obteve a estrutura funcional de ONG. Para oferecer o banho, os organizadores montaram dois reboques: um para o chuveiro, aquecedor e gerador de energia e, o outro, para a caixa d’água. “Além disso buscamos entender e atender outras necessidades que porventura se apresentem para nossa equipe”, relata o vice-presidente da ONG Alma Lavada, Adriano Almeida.
Adesivados com os azulejos característicos de Athos Bulcão, as estruturas homenageiam a cidade. “A gente fica até uma, duas semanas sem tomar banho. Só temos essa oportunidade quando o hospital deixa mesmo”, conta o morador de rua de Taguatinga Centro, Antonio Silva, 43 anos.
Os idealizadores do projeto gastaram cerca de R$ 20 mil com a compra dos reboques e do equipamento. A estrutura oferece capacidade confortável para atender de 20 a 30 banhos por ação social, que tem início previsto para o mês de setembro. Inicialmente, o grupo atenderá no estacionamento do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), mas outros locais já estão sendo mapeados, como a Praça do Relógio.“Eu acho muito bom, vai ajudar muito a gente. Dá um pouco de dignidade para quem mora na rua e não tem nada” disse o também morador do centro de Taguatinga, Marcos Evangelista, 55 anos.
Por Matheus De Luca
Sob supervisão da professora Isa Stacciarini