
Distante 27 quilômetros de Brasília, Samambaia completa, hoje, 28 anos com o título de uma das regiões administrativas que mais cresce no Distrito Federal. Em 2015, eram 255 mil moradores da cidade, um aumento de 5,56% em comparação a 2013, segundo pesquisa da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). E foi em 25 de outubro de 1989 que Samambaia deixou de ser parte do Núcleo Rural de Taguatinga e se tornou a 12ª região administrativa. Desde então se modernizou.
A maioria dos moradores é formada por mulheres: 51,13%. Além disso, 56% das pessoas que vivem na cidade se consideram parda. Quem chegou na região ainda nos anos iniciais se lembram da evolução da cidade. É o caso de Rosimary Costa, 51 anos, que chegou em Samambaia quando tinha apenas 24. Ela se lembra que, no início, não tinha sequer energia nem água. “Usávamos água do carro pipa que passava todos os dias pela manhã e a tardes”, destacou. Hoje, Rosimary tem a impressão que o desenvolvimento continua. “Promete se tornar um lugar muito bonito” destacou .

Além do crescimento populacional, a cidade se desenvolve com o surgimento de prédios e comércios. Maria do Carmo, 68 anos, observa a mudança. Ela se mudou para Samambaia em 1990 com a família: o marido e a filha. “Antes era tudo barraco. Algumas vias eram de terra e tínhamos muita dificuldade com transporte”, contou.
Serviços públicos
Por causa do crescimento demográfico, os serviços públicos também migraram para a região. Hoje Samambaia possui um Batalhão da Polícia Militar e duas delegacias de polícia: a 26ª DP, na parte Norte da Cidade, e a 32ª DP, na região Sul. Graduado em geografia e história, o professor Aldo Paviani pontuou os impactos do aumento da população. “Afeta a economia, o consumo de água, as necessidades e exigências acerca da mobilidade de transporte público e a demanda de mercado de trabalho”, considerou. Ele acrescenta que a cidade tende a crescer ainda mais.
Estudante, Fátima Letícia, 18 anos, mora em Samambaia desde que nasceu. Segundo ela, apesar das melhorias, ainda falta investimento em algumas áreas, como no comércio e na segurança. “Não tem um hospital com perto nem uma boa segurança. Tudo é longe e não tem muitas opções de bancos, comércios, supermercados”, reclamou. A Agência procurou a Administração Regional de Samambaia na terça-feira (24/10), mas não obteve retorno.
Por e-mail, a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social informou que tem trabalhado de forma integrada com as forças de segurança pública e outros órgãos no combate a criminalidade. Segundo a pasta, “a sensação de segurança da população acontece não somente pela presença policial na rua, mas também pela infraestrutura de cada cidade”. Por isso, o órgão tem investido, em parceria com a Secretaria de Saúde, no projeto Cidades Limpas que age em diversas regiões do DF com poda de árvores, melhora na iluminação pública, entre outros itens.
A Polícia Militar do Distrito Federal explicou, ainda, que os postos comunitários de segurança estão sendo substituídos por viaturas e bases móveis de policiamento comunitário, como uma nova estratégia em segurança pública, com o objetivo de atender uma área maior e com mais agilidade.
Brasília
Criada para ter 500 mil habitantes, Brasília atingiu 3.039.444 de habitantes em agosto deste ano. Durante a construção, o Distrito Federal já tinha cmilhares dde rabalhadores empenhados no trabalho de levantar a cidade, onde viviam com dificuldades. Após a inauguração da capital, algumas pessoas migraram para as antes chamadas cidades satélites. Foi assim que surgiram as regiões administrativas.
Por Ana Paula Teixeira
Sob supervisão de Isa Stacciarini