A evolução do mercado de trabalho e a delicada decisão de escolher uma profissão para o resto da vida são elementos que desafiam o trabalho dos educadores e, por vezes, tiram o sono dos estudantes. Se, por um lado, é necessário estar atento aos rumos e gargalos profissionais, por outro, é necessário buscar o gosto pelo que vai chamar de trabalho. O professor Homero Reis, por exemplo, em palestra na semana de vocação universitária do Marista sobre “O que vou ser? Construindo o amanhã” disse que um segredo para o sucesso é escolher a profissão de acordo com os gostos e sonhos pessoais. Ele destacou também que é preciso ser criativo, inovador e competente, independente da profissão exercida.
O engenheiro e professor universitário Abiezer Fernandes, por exemplo, acredita que o Brasil vai ter que importar mão de obra qualificada e vai precisar de 500 mil engenheiros até 2014. Os grandes eventos como a Copa do Mundo e Olimpíadas exigem muito mais que os 20 mil estudantes que se formam por ano no país. A Índia entrega ao mercado cerca de 350 mil por ano.
Fernandes aponta habilidades que um estudante deve desenvolver para se tornar um bom profissional em qualquer da área. “Escolher uma profissão sem a imposição dos pais é o mais importante. Dominar uma língua, ter interesse pelos estudos e pesquisa, saber trabalhar em grupo, e ter facilidade para organizar ideias são características indispensáveis”, afirma.
Vocação
A 4ª Semana Vocacional Universitária promovida pela escola Marista Pio XII objetiva incentivar os 300 alunos do ensino médio na escolha da futura profissão, com o tema “Quem decide o teu futuro?” Profissionais de 12 áreas do mercado de trabalho conversam com estudantes sobre as dúvidas mais frequentes.
Voz de aluno
O estudante do 3º ano do ensino médio Yves Rodrigues decidiu fazer engenharia no ano passado e mostra preocupação com o mercado de trabalho. “Não tem nenhum engenheiro na família. Acredito que o curso abrirá muitas portas na minha vida, principalmente quando o assunto é emprego”. O idealista João Paulo Isidrio diz que quer ter a oportunidade de ajudar as pessoas. “Quero dar aula e passar um pouco de meu conhecimento”.
Por Bernardo Clarkson – Agência de Notícias UniCEUB
Imagem: Marista – Divulgação
