Fala galera: qual a sua opinião sobre o pronome neutro? Assista a vídeo

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“A língua é viva e sujeita a transformações”. Para a pesquisadora Sandra Araújo, a “linguagem neutra” é um indicativo que a sociedade está em plena transformação na forma de se comunicar. A linguagem neutra é a proposta de uma terceira forma de se referir a uma ou mais pessoas, substituindo as vogais “a” (referente ao gênero feminino) e “o” (referente ao gênero masculino) por uma terceira letra. O objetivo desse discurso é incluir pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou com o feminino: não bináries ou com gênero fluido.

Perguntamos a opinião de pessoas na Asa Norte sobre o uso do pronome neutro. Também consultamos a professora de Linguagens e Doutora em Literatura, Sandra Araújo, sobre o assunto. Assista ao vídeo:

Na gramática, vista como norma culta, o pronome neutro não está incluído. Já de acordo com estudos da Linguística, área que reconhece a constante transformação e evolução da língua, podem ocorrer alterações como a introdução do discurso neutro.

A linguagem neutra é polêmica tanto entre a população geral, como dentro do grupo dos gramáticos. Existem os que defendem que o português já é neutro e que “eles” e “todos” já incluem todos os gêneros. Enquanto outros veem que formas como “elus” e “todes” se tornarão parte da norma culta com o passar do tempo.

O que é ser não binárie

A comunidade não-binária inclui todos aqueles que não se enquadram em um dos dois gêneros pré-definidos, essa é uma forma de transexualidade. É importante ressaltar que identidade de gênero é diferente de sexualidade, pois a primeira diz respeito à forma com que o indivíduo se vê no mundo, enquanto a segunda é sobre a atração por outras pessoas.

Uma pessoa não-binária geralmente escolhe os pronomes pelos quais prefere ser tratada, independentemente do gênero ao qual sua aparência se assemelha. Nem todes os não-bináries utilizam o pronome neutro e alguns oferecem mais de uma opção para facilitar a comunicação. Essa questão varia bastante de pessoa para pessoa.

Por Alexya Lemos e Maria Tereza Castro

Supervisão: Luiz Claudio Ferreira

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