As taxas de desmatamento na Amazônia caíram mais de 11% entre agosto de 2024 e julho deste ano. Segundo dados divulgados na última semana pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 134 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados em unidades de conservação durante o período, sendo o terceiro menor índice desde o início da série histórica, iniciada em 1988.
Os dados mostraram ainda que o Cerrado, o segundo maior bioma do país, registrou 31 quilômetros quadrados de desmatamento, o que representa uma redução de cerca de 11,5% em relação ao mesmo período de 2023. Esse ecossistema vinha apresentando alta constante entre 2019 e 2023.
Os estados que integram a Amazônia Legal registraram as maiores reduções nas taxas de desmatamento. Tocantins apresentou queda de 62,5%, seguido por Amapá, com 48,15% e Acre, com 27,62%. Apesar dos resultados positivos em grande parte do país, Mato Grosso teve aumento de mais de 25% entre 2024 e 2025.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, os resultados estão associados a criação de Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento para a Amazônia, o Cerrado e demais biomas brasileiros. Bem como, a retomada da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas.
Durante o período, o Ibama também aumentou a aplicação de penalidades por crimes ambientais. Houve aumento de 81% nos autos de infração relacionados à flora, 63% nas multas aplicadas e 51% nos embargos, além de um crescimento de 49% na área embargada.
Por Nathália Maciel
Com supervisão de Luiz Claudio Ferreira


