Flexibilização do uso de máscaras: comerciantes têm seus negócios prejudicados

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Em decreto, desde o dia 10 de março, máscaras deixaram de ser obrigatórias em locais abertos e fechados do Distrito Federal (DF).

Menos pessoas têm comprado máscaras de pano.

Na Feira da Ceilândia, local de fácil acesso à população e no centro da cidade, é comum vermos pessoas vendendo máscaras de tecido na rua, desde o início da pandemia em 2020. O comércio desse produto se tornou comum por conta da necessidade de se proteger e por ser um produto artesanal, pessoas viram como uma oportunidade de conseguir renda extra para suas famílias.

No entanto, com o decreto publicado no Distrito Federal, o uso de máscaras se tornou opcional desde o dia 10 de março, tanto em locais abertos como fechados, mesmo com a circulação da nova sub-variante da ômicron, a BA.2. Por conta dessa medida, comerciantes sentiram impacto nas vendas.

Damião Ferreira, de 39 anos, que trabalha de camelô na feira há oito anos, contou que depois do decreto a venda de máscaras caiu muito “Costumava vender cerca de 40, 50 máscaras por dia. Ontem mesmo vendi só uma”. 

O vendedor também conta que para entrar na feira, só havia fiscalização das máscaras durante o período que também era necessário medir a temperatura das pessoas que circulavam. Depois disso, a população circulava livremente sem máscara.

Valdeglassia Soares, camelô há dez anos na região, vende máscaras desde o começo da pandemia, além de outros produtos como toalhas e roupas íntimas. Ela disse à reportagem que o principal motivo de vender as máscaras não é o lucro, e sim proteger as pessoas dessa doença.

“Acho que ele [Ibaneis] está errado, que não está na hora de acabar com as máscaras, a doença ainda não acabou, eu não vou deixar de usar, não é o momento […] Na escola mesmo, minha menina, ela está estudando e vai de máscara sim, até mesmo se liberar, ela só vai usando máscara.”

Por Ellen Travassos e Malu Souza

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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